Startups ajudam consumidor a poupar dinheiro com uso de cupons

startups ajudam consumidor a poupar dinheiro

Plataformas se unem a parceiros de diversos segmentos e conseguem devolver ao consumidor parte de valor gasto em compras

Este modelo de negócio é muito comum em outros países como EUA e Argentina e foi por meio deles que empresários brasileiros enxergaram um mercado consolidado que só tem a crescer.

A linha de raciocínio vai de encontro ao modo como o consumidor daqui age em relação a compras, seja elas de alimentação, vestuário ou até mesmo de entretenimento.

Empresas de diferentes locais do território nacional tem conquistado uma fatia importante desse mercado.

Uma delas é a Cuponeria, que pegou o gancho do nome de fácil assimilação para lidar essencialmente com o público que adora um cupom de desconto, entre outras promoções.

Fundada em 2011 no Rio de Janeiro, seus sócios são jovens empreendedores de 20 e poucos anos que entenderam este perfil de consumidor e se uniram à empresas parceiras que pudessem facilitar uma compra a um preço mais baixo.

A dinâmica da Cuponeria consiste em o usuário já cadastrado acesse a plataforma por meio de um computador ou celular, e escolher cupons que oferecem valores menores entre os mil parceiros.

Cerca de um milhão de descontos são dados todo mês em produtos e serviços dessas empresas.

O lucro da startup vem dos anúncios desses parceiros em sua página oficial.

O público, geralmente, opta por cupons de promoções do segmento alimentício, como Mc Donald’s e Pizza Hut. Além de interessados em descontos em ingressos de filmes de uma rede específica de cinemas.

Hoje a companhia possui 30 funcionários e só no ano passado faturou R$ 1,5 milhão e querem crescer ainda mais em 2019.

Mais futuramente, eles também querem atingir estabelecimentos locais, pois o usuário necessita utilizar cupons em sua região de moradia.

LOJAS FÍSICAS

Compartilhando desta mesma linha de pensamento, com foco total nos compradores de bairro, a empresa Bom Cupom surgiu em 2017, em Niterói.

Ela conta com uma equipe de 11 colaboradores e adotou um modelo de negócios baseado em franquias, que hoje já somam mais de 35, espalhadas por todo o país.

A pessoa consegue promoção por meio de uma compra em loja física, como em uma farmácia, e quando pede a nota fiscal, esta vem com um cupom de desconto em seu verso para ser utilizado em outros estabelecimentos da região.

Um dos sócios da franqueadora, Matheus Nager, de 22 anos, trouxe a proposta dos EUA, onde nasceu, na cidade de Boston.

Segundo Nager, este modelo de negócio é muito comum em solo americano e favorece essencialmente o pequeno comerciante de bairro.

A ideia do jovem empreendedor também é se render à internet futuramente, já que em 2018, a Bom Cupom obteve lucro de R$ 612 mil, e pretende chegar a quase 200 franquias neste ano.

DEVOLUÇÃO DE PARTE DO VALOR GASTO

E não é só empresas de cupom de desconto que tem crescido no Brasil, as companhias que focam na devolução de parte do dinheiro gasto em compras, também tem lucrado bastante nos últimos tempos.

É o caso da startup mineira Méliuz, que iniciou suas atividades em 2011 em Belo Horizonte.

Atualmente, a empresa conta com 150 funcionários que garantem o sucesso da linha adotada que é a do consumidor economizar dinheiro com a restituição de parte do valor gasto em alguma compra.

A Méliuz possui cerca de 1600 parceiros e funciona da seguinte forma: o usuário se cadastra na plataforma e lá encontra opções de “cash back” (dinheiro de volta em tradução livre).

Ao clicar no cash back de sua preferência a porcentagem de retorno varia de acordo com o produto ou serviço oferecido pelo parceiro.

O lucro da Méliuz vem da comissão que recebe das empresas parceiras em cima de cada compra dos usuários realizadas em sua plataforma.

É este valor que a startup repassa ao seu consumidor final.

Mas é importante ressaltar que o valor de cash back vai sendo computado por aplicativo e ao juntar a somatória de R$ 20, aí sim o usuário consegue sacar este dinheiro e utilizar como quiser.

*Foto: Divulgação