Não é de hoje que Henrique Dubugras é notícia no mundo dos negócios. Porém sua pouca idade chama a atenção por já ter aberto inúmeras empresas em apenas 22 anos de vida.
Durante sua trajetória, Henrique já contratou centenas de funcionários para colaborar em suas startups. Acumulou fortunas e hoje está à frente da empresa Brex, que vale aproximadamente US$ 1,1 bilhão.
O INÍCIO
Dubugras teve o primeiro contato com o mundo adulto aos 12 anos de idade ao aprender a codificar jogos online. O motivo do empenho era para absorver conhecimento para criar seus próprios jogos e brincar de graça. A travessura saiu cara dois anos depois, sendo processado por invasão de patente e obrigado a cessar o game gratuito.
O gosto pelo universo de programação foi acentuado pela descoberta do programa televisivo norte-americano “Chuck”. O jovem então decide estudar na universidade de Stanford, seguindo os passos do personagem, no primeiro ano da série.
O processo de inscrição não foi tão simples, fazendo Henrique entrar em acordo com outro estudante brasileiro de lá. A moeda de troca de favor foi o colega ensinar tudo sobre este assunto e Dubugras desenvolver códigos de ingressos gratuitamente para ele.
Com o sucesso da parceria em que o colega conseguiu arrecadar um bom montante e contratar engenheiros do setor. Henrique percebeu ali que seria capaz de abrir a própria empresa especializada em ensinar todo o processo de inscrição a outros jovens pré-universitários.
Apesar da startup ter fluído bem com a participação de 800 mil usuários, ela não possuía dinheiro nem cartões de crédito para pagamento dos serviços. Com isso, Henrique desistiu do empreendimento e foi em busca de novas oportunidades de negócios.
O PRIMEIRO GRANDE LUCRO
Para pagar o alto aluguel nas proximidades de Stanford, Dubugras participou de uma convenção de hackers em Miami. Sua ideia de aplicativo de encontros chamada “Ask Me Out” foi premiada com US$ 50 mil.
O diferencial do app era focar a procura por pretendentes pela própria base de amigos do Facebook do usuário. Com o dinheiro conquistado, ele voltou ao Brasil na intenção de lançar a plataforma por aqui.
Mas acabaram transformando a companhia na startup Pagar.me, especializada em pagamentos eletrônicos. O empreendimento deu certo e Henrique e seu sócio lucraram US$ 300 mil aos 16 anos de idade. Após estruturarem o negócio com cerca de 150 colaboradores, a dupla vendeu a empresa e voltou para sala de aula.
BREX
Dubugras e seu amigo, Pedro Franceschi não se arrependeram da decisão de abandonar uma empresa de sucesso e voltar a estudar.
Do que adiantava arrecadar milhões de dólares e deixar guardado no banco, mas não possuir um cartão de crédito corporativo por causa de um histórico financeiro recente que o impossibilitasse?
Henrique percebeu que isso acontecia com outros empresário bem-sucedidos e criou em 2018 a startup Brex. O serviço da organização é basicamente oferecer cartões de crédito corporativos a essa parcela de executivos.
Para este empreendimento ele contratou inicialmente um generalista, um diretor financeiro e um advogado geral. Com a expertise dos três profissionais foi criada uma credibilidade no mercado financeiro. Logo conseguiram atrair investidores ao negócio, como as empresas Ribbit Capital, DST Global, Global Founders Capital, SV Angel, além dos empresários Peter Thiel e Max Levchin.
Levchin decidiu apoiar a startup após conhecer Dubugras e o sócio em um processo seletivo de uma de suas empresas. Segundo Henrique, esse tipo de relação empresarial determina mais à frente para saber a importância que cada um terá durante o processo de instauração.
*Foto: Divulgação