Anunciado no fim de abril, o Magazine Luiza se lançou no mercado online de livros físicos. As vendas são feitas por meio digital e as obras adquiridas são retiradas nas lojas da empresa espalhadas pelo Brasil.
Hoje, a rede de varejo possui 240 mil títulos à disposição em sua plataforma online. Segundo o diretor-executivo de comércio eletrônico da empresa, Eduardo Galanternick, a ideia é aproveitar a estrutura de entrega rápida e frete grátis para a comercialização de livros.
Até o final de 2019, o Magazine Luiza deve atingir mais de 1.000 pontos de vendas em todo o país. Além disso, de acordo com a companhia, 329 cidades brasileiras não possuem livrarias.
Por esta iniciativa o Magalu pode se tornar referência neste segmento de negócio, afirma Galanternick. A empresa também ressalta que somente 10% dos municípios do país tem pontos de venda físicos para comercialização de livros.
CRISE NAS LIVRARIAS
O crescimento do Magazine Luiza vem na contramão do declínio de grandes livrarias do país. Em 2018, a maior rede do setor, a Saraiva, além da Livraria Cultura entraram com pedido de recuperação judicial.
Eduardo salientou que antes do anúncio das famosas livrarias, a empresa de varejo já desejava entrar para o mercado livreiro, apenas estava aguardando o melhor momento.
O diretor-executivo afirma que em conversas com editoras pode constatar a demanda por livros caiu pela sua má distribuição. Um dos motivos que levou a essa queda é o fato das grandes livrarias não conseguirem deixar de cobrar o frete para vendas online pela questão das publicações terem um valor baixo, segundo Eduardo.
Com o sucesso da plataforma digital implementada pela companhia brasileira em 2018 , pode contribuir para o interesse da categoria literária e, consequentemente, para o aumento na aquisição de livros impressos ao serem retirados nas lojas físicas.
*Foto: Divulgação
