Brex recebe mais aportes e hoje está avaliada em US$ 2,6 bilhões

brex já vale 2,6 bilhões de dólares

Fintech de cartões corporativos para startups já mais de US$ 100 milhões em investimentos

Os brasileiros Henrique Dugubras e Pedro Franceschi atingiram o mais alto patamar de uma startup criada no Vale do Silício, nos EUA. O local é considerado como muito importante para o mercado. Além disso, a empresa Brex tornou-se um unicórnio (quando um negócio é avaliado em US$ 1 bilhão ou mais).

Recentemente, a empresa divulgou à imprensa uma extensão de recursos no valor de US$ 100 milhões destinados à sua série C. A partir disso, o valuation da Brex passou a valer US$ 2,6 bilhões.

Primeiros passos e aporte atual

Este não foi o primeiro aporte alto destinado à fintech de cartões. O próprio negócio iniciou suas atividades, em 2017, graças a uma aceleração realizada pela renomada companhia americana Y Combinator. Logo depois recebeu mais uma injeção de capital no valor de US$ 7 milhões. Em abril do ano seguinte, recebeu mais US$ 50 milhões. E em outubro ao captar mais US$ 125 milhões, conquistou também o título de unicórnio.

A partir do último aporte, tem-se um total de captação no valor de US$ 315 milhões em investimentos. Além de US$ 100 milhões só em financiamentos de débitos.

A transação foi liberada pela empresa Kleiner Perkins Digital Growth Fund. E participaram desta rodada investidores antigos da Brex, como: DST Global, GreenOaks Capital, IVP, Ribbit Capital e já citada Y Combinator.

Ampliação do negócio com o novo aporte

De acordo com a fintech os novos recursos serão destinados à melhoria da solução de cartões corporativos. E isso vale a adaptá-los a várias possibilidades de negócio. Prova disso, é o lançamento ocorrido em fevereiro de um cartão de crédito específico para comerciantes de meios digitais. Atualmente, este nicho do negócio corresponde a um terço do lucro do Brex.

O novo aporte também será utilizado para ampliar sistemas de controle de custos, além de melhorar o programa de recompensas e conquistar mais clientes.

Todavia, este investimento, segundo o site americano TechCrunch, servirá também como uma reserva de emergência em caso de imprevistos financeiros. Contudo, conclui-se que se a fintech dos brasileiros quiser captar consumidores mais relevantes, precisará chegar perto da estratégia utilizada pelos grandes bancos.

Ideia e fundação do Brex

Tudo começou em 2013, quando os então estudantes Franceschi e Dubugras criaram a empresa Pagar.me. Após três anos de sucesso, a companhia foi adquirida pela Stone Pagamentos.

Ainda no mesmo ano, os jovens foram estudar na Universidade de Stanford. Foi neste lugar que eles perceberam uma oportunidade de negócio ao identificarem que alguns colegas que já empreendiam naquela época não conseguiam adquirir cartões de crédito corporativo por meio dos bancos tradicionais. Após isso, os dois largaram os estudos e criaram um negócio que garantisse a obtenção destes cartões. Nasceu assim o Brex, em março de 2017, no Vale do Silício.

O diferencial da fintech é baseada em enxergar a injeção de capital da empresa em questão e seu fluxo de caixa no momento de consentir os cartões de crédito corporativos. Já os bancos tradicionais analisam os históricos financeiros dos solicitantes e de suas companhias. Isso quer dizer, que no caso de pessoas de fora dos EUA, como os fundadores do Brex, tais informações não conseguiriam ser obtidas.

Quando a Brex aprova os dados, o cartão corporativo é enviado ao cliente em poucos dias. Além disso, seu limite é entre dez e 20 vezes maior que os ofertados pelas outras instituições financeiras. A empresa também abusa da era digital e permite que haja envio de recibos através de fotos.

*Foto: Divulgação