A perspectiva gerada diz respeito ao cenário econômico avaliado entre janeiro e maio, em que houve alta de 11% em relação à mesma época do ano passado
A montadora japonesa Nissan enxerga uma melhora na venda de veículos para este ano. O fato se deve à expectativa de aumento em torno de 10% para o mercado automotivo.
A afirmação veio do presidente da empresa no Brasil, Marco Silva, durante um evento realizado pela editora AutoData.
Até o final de maio, o setor de veículos apresentou crescimento de 11,1% em relação ao período de janeiro a maio de 2018.
Clientes pessoa jurídica x clientes pessoa física
No entanto, Silva afirmou que a maior parte deste aumento deve-se a uma clientela mais corporativa. Esta categoria avançou cerca de 20% no acumulado do ano. Já a comercialização para clientes pessoa física registrou uma amplitude de 1% a 3%.
Mesmo que o fator econômico determine as diferenças entre pessoa jurídica e física, o presidente da montadora também acredita na alteração de comportamento do consumidor comum. Ou seja, este tipo de cliente pensaria mais para adquirir um veículo neste momento de crise econômica do país. Em vez disso, ele está preferindo utilizar serviço de aplicativos de transporte ou ainda alugar um carro.
Silva disse durante o evento da AutoData:
“Isso mostra a necessidade de investimentos de empresas como locadoras ou aplicativos, diante da mudança significativa da maneira como o consumidor vê a compra do carro”.
O executivo ainda ressaltou que atualmente já não é prioridade do jovem realizar o sonho de comprar o primeiro automóvel.
No entanto, Silva aguarda que seja restabelecido um equilíbrio na comercialização de veículos tanto para pessoa jurídica quanto para a física. Todavia, esta melhora também depende que as pessoas consigam maior poder aquisitivo e que o país proporcione melhores condições macroeconômicas. Ele conclui que estes fatores estão ligados diretamente à queda de juros e de desemprego. Pois, assim os clientes pessoa física voltariam a consumir mais.
Reformas
De acordo com Silva, é também preciso admitir que a hipótese de um aceleramento econômico depende da aprovação das reformas do governo, principalmente a da Previdência.
No entanto, ele diz saber que os efeitos de uma melhora na economia brasileira só poderiam ser sentidos a partir de 2020.
Fonte; revista EXAME
*Foto: Divulgação