3 dicas para iniciar suas vendas pela internet

3 dicas para iniciar suas vendas pelas internet

Vendas pela internet na forma de loja online tem atraído muitos empreendedores

Em meio à pandemia, um dos setores que mais foi prejudicado é o varejo físico. Logo nos primeiros meses da quarentena, o e-commerce teve papel importante na crise do varejo em tempos de coronavírus. Sendo assim, as vendas pelas internet se tornaram cada vez mais essenciais. Segundo levantamento publicado pela revista EXAME, de março a julho, 30.000 lojas online foram criadas por mês no Brasil, isso é três vezes mais que a média de 2019.

A mesma publicação conversou com empresas, como Magazine Luiza, Mercado Livre e Via Varejo para saber quais são as estratégias que elas oferecem aos microempreendedores (PME). Com isso, três dicas foram dadas a este setor que precisou se adaptar ao digital em pouco tempo.

Dicas de vendas pelas internet

1 – Marketplace

Atualmente, das 150.000 novas lojas virtuais brasileiras, 80% estão nos marketplaces, que é uma espécie de shopping center virtual com ofertas de lojistas de todos os tamanhos. Tais espaços digitais são mantidos por grandes varejistas, como é o caso do Magazine Luiza, que estão dispostos a impulsionar as vendas online de parceiros em troca de comissões.

Portanto, esses locais levam milhares de pessoas até os lojistas menores. Além disso, também administram os pagamentos, a logística e o marketing. Sobre isso, o especialista em e-commerce, Alexandre Marquesi, afirma:

“Na crise, não é hora de criar site próprio, sobretudo quem não tem familiaridade com tecnologia.”

Diversas plataformas

Para quem deseja ingressar neste ramo, existem várias plataformas. As mais tradicionais são: Mercado Livre, Magalu, Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio) e B2W (Americanas, Submarino). E também há as mais segmentadas, como a loja MadeiraMadeira, de móveis, por exemplo.

Ainda sobre o marketplace, o presidente da Neotrust/Compre&Confie, André Dias, fala que é preciso descobrir se é uma boa investir em uma plataforma desse tipo. Ele diz que é preciso avaliar três pontos: preço do produto, prazo de entrega e valor do frete. Além disso, a comissão dada às grandes varejistas pode variar de 3% a 20% por venda. Portanto, os preços devem estar equalizados para o negócio prosperar.

Todavia, o Sebrae desenvolveu uma ferramenta que o auxilia o lojista que quer entrar em um marktetplace pela primeira vez. Na prática, o empreendedor entra no site e responde a perguntas básicas sobre o negócio e os produtos que vende. Em seguida, recebe indicações de onde vender com base em seu perfil. O serviço está disponível no site da entidade.

2 – Artesanato digital

A era digital na pandemia também serve de alicerce para o ramo de artesanato. No Brasil, há plataformas que auxiliam artistas e empreendedores a vender produtos artesanais online. É o caso do site Elo7, conhecido por oferecer produtos customizados para aniversários, festas infantis e casamentos. Com a quarentena, os lojistas de lá passaram a focar mais em itens úteis, como objetos de decoração para casa e máscaras faciais de tecido.

No caso da Elo7, a pessoa não precisa ter uma empresa nem pagar mensalidades. Em troca dos anúncios feitos, a plataforma cobra uma porcentagem por venda realizada. Sendo assim, os anúncios clássicos custam 12%, e o plus, 18%, sobre o valor de cada venda.

Neste segmento também há a plataforma Dotsy, que nasceu a partir do sucesso de um grupo do Facebook, criado em 2015. Atualmente, o espaço virtual conta com 150.000 empreendedores e clientes que podem comprar e vender produtos artesanais.

3 – Loja própria

Em contrapartida, há comerciantes que não têm o desejo de vender para todo o Brasil. Neste caso, é bom medir se vale a pena entrar em grandes plataformas. Em suma, o empreendedor que quer apenas ter uma presença digital e comunicar com seus clientes, uma loja online própria pode ser a solução.

As vendas pelas internet para esta estratégia contam com algumas ferramentas que oferecem a possibilidade de criar uma loja virtual de forma simples. É o caso do Mercado Shops, do Mercado Livre. É possível criar rapidamente um site próprio, com logo e design personalizado. Além de poder utilizar a infraestrutura de logística e pagamento da empresa. Além disso, até dia 30 de setembro, o Mercado Shops oferece 30 dias grátis para novos lojistas.

Startups

Por fim, startups também oferecem ajuda aos pequenos negócios. Como exemplo, existem as startups paranaenses Ebanx e Olist. Ambas criaram ferramentas para os lojistas.

O Ebanx Beep cobra uma taxa de 4,9% por cada venda. Já o Olist Shops é totalmente gratuito, afirma seu fundador, Tiago Dalvi:

“O sistema facilita a venda a clientes do bairro. É o primeiro passo antes de tentar dominar os marketplaces.”

Além disso, as grandes empresas de tecnologia também estão de olho nesse mercado. Neste mês, o Google e a empresa de tecnologia Vtex criaram uma campanha de treinamentos de vendas online, com a meta de atingir 100.000 lojistas até dezembro. Em suma, o lojista pode criar uma loja virtual e anunciar até 75 produtos de graça pelo sistema da Loja Integrada, solução da Vtex para pequenos e-commerces.

*Foto: Divulgação