Com avanço do plano, carros elétricos da Uber pode se tornar a única forma do serviço de mobilidade por aplicativo; mas no Brasil deve demorar a chegar
A empresa de transporte privado por aplicativo, Uber, planeja operar apenas com uma frota inteiramente formada por veículos elétricos a partir de 2030. O planejamento foi anunciado ontem (8), e vale somente para as operações nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa. A companhia vai oferecer alguns benefícios, como tarifas maiores aos motoristas que trocarem seus carros por automóveis elétricos.
Carros elétricos da Uber
O plano chamado de Uber Green será lançado, inicialmente, em 15 cidades dos EUA e do Canadá. Sendo assim, os usuários do app vão poder solicitar um carro híbrido ou elétrico, e pagando apenas US$ 1 a mais pela viagem. No entanto, os condutores destes carros elétricos da Uber ganharão entre US$ 0,50 e US$ 1,50 a mais por corrida realizada, conforme o tipo de veículo.
Carros de combustíveis fósseis
Todavia, mesmo com este plano em avanço, a Uber não vai impedir o uso de carros movidos por combustíveis fósseis, mesmo na data-alvo de 2030. Então, ela vai pelo viés que espera que a mudança dos veículos seja feita de modo natural, motivada pelo pacote de benefícios proposto pela empresa.
Viagens mais caras
Em contrapartida, para o consumidor, isso significa que as viagens realizadas em carros elétricos da Uber ficarão mais caras. Além disso, se toda a frota acabar sendo formada por este tipo de automóvel, os usuários terão gastos maiores com o aplicativo.
Segundo declaração da empresa ao portal de notícias americano The Verge, a Uber entende que este é um custo necessário para acelerar a transição para uma frota de emissões zero. Além disso, a própria empresa já admite o investimento de US$ 800 milhões para ajudar “centenas de milhares de motoristas dos EUA, Canadá e Europa na transição para veículos elétricos com bateria até 2025”.
O serviço chegará ao Brasil?
Os carros elétricos da Uber deve integrar o planejamento de uma frota totalmente livre de emissões a partir de 2040. No entanto, para isso atingir outros mercados da empresa, espalhados em outros países, ela pretende fazer parcerias com diferentes companhias. Desde montadoras de veículos até fabricantes de componentes elétricos, a fim de garantir a transição total de sua frota.
Todavia, este desafio será ainda maior em países que ainda não abraçaram os carros elétricos. É o caso do Brasil. Por aqui, os carros elétricos que chegaram neste ano custam a partir de R$ 120 mil. Ou seja, eles custam o triplo de um automóvel considerado “popular”.
Por enquanto, a Uber apostou no Brasil, antes da pandemia, no mercado de patinetes elétricas, mesmo após recuo da concorrente Grow.
*Foto: Divulgação