Gympass firma parceria com BMP Money Plus para disponibilizar empréstimos a sua rede de parceiros
Nos últimos meses, em meio à pandemia de Covid-19, um dos maiores desafios enfrentados por micro e pequenas empresas foi conseguir crédito para não fecharem seus negócios.
No ramo de saúde e bem-estar, a Gympass, startup de benefícios corporativos, decidiu firmar uma parceria com a fintech BMP Money Plus. O objetivo do negócio é disponibilizar empréstimos a academias parcerias para que elas consigam enfrentar melhor os impactos da pandemia.
A empresa foi citada no mês de junho pelos investidores de fundos de venture capital por construir uma operação inteiramente digital após uma reestruturação de custos.
Como solicitar o crédito
Sendo assim, as academias, estúdios, personal trainers, que sejam microempreendedores individuais (MEIs) ou micro e pequenas empresas (com faturamento de até R$ 4,8 milhões) poderão solicitar crédito de até R$ 50 mil reais à BMP. Além disso, os solicitantes terão 36 meses para pagar, com seis meses de carência, e taxa de juros de 0,49% ao mês.
Peac Maquininhas
Neste caso, a linha usada pela fintech é a do programa emergencial de acesso a crédito. Conhecido como Peac Maquininhas, ele é operado pelo BNDES. Ao todo, são R$ 10 bilhões disponíveis para pequenas empresas até o dia 31 de dezembro de 2020.
Mas para obter o crédito os empreendedores precisam colocar os recebíveis das vendas de cartão de crédito e débito como garantia. Em contrapartida, apenas após o período de carência é que as parcelas mensais serão descontadas automaticamente dos recebíveis até o limite de 8%.
De acordo com o vice-presidente de academias do Gympass, Samir Zetun, a partir de uma pré-análise, 6.000 parceiros da empresa tiveram o crédito aprovado:
“Esse suporte é essencial para manter os negócios e os empregos em um setor extremamente relevante para a economia do país e para a saúde e bem-estar de todos.”
Impactos da pandemia
Um dos ramos de atividade mais prejudicados pela pandemia foi o de academias. Em razão do período de isolamento social, o faturamento dos micro e pequenos negócios que atuam neste segmento despencou, em média, 87% em abril.
Embora, tenha havido uma melhora do setor ao longo dos meses, o nível ainda está abaixo da fase pré-pandemia. Segundo um estudo do Sebrae, em parceria com a FGV, no mês de outubro ainda tinha uma queda de 49% na receita semanal média das academias e estúdios.
Crédito restrito
Apesar das linhas específicas criadas pelo governo, como o Peac e o Pronampe, o acesso a crédito não foi fácil às pequenas empresas. No fim de junho, apenas 16% conseguiram crédito em bancos.
Conforme dados do Sebrae, 50% das micro e pequenas empresas solicitaram crédito durante a pandemia. Porém, somente 31% das pediram conseguiram a liberação do empréstimo.
*Foto: Divulgação