Tesouro Direto com juros semestrais, dependendo do caso, pode ser uma cilada ao investidor
O Tesouro Direto envolve poder receber de volta o dinheiro no vencimento ou em parcelas semestrais. Neste artigo, você saberá se vale a pena receber a cada seis meses para ter mais segurança em suas finanças pessoais.
Tesouro Direto com juros semestrais
Nem sempre a escolha de receber semestralmente pode ser uma boa ideia. Pelo contrário, pode ser uma grande cilada, segundo especialistas do setor. Isso depende muito do seu momento financeiro para poder aplicar em títulos públicos com juros semestrais.
Fase da vida
Portanto, é de vital importância entender em que fase da vida você está. Ou seja, se você quer acumular patrimônio ou usufruir do que já juntou? Saber responder esta pergunta é um ponto de partida importante para definir qual tipo de título público é o mais adequado para você.
Hoje, são quatro títulos que pagam juros semestrais. Um dele é prefixado, que paga juros fixos, e com vencimento em 2031. Já os demais são de inflação, pagando um juro fixo mais inflação no período. E as datas de vencimento são: 2030, 2040 e 2055.
Adiantamento do pagamento dos juros
O que você precisa ter em mente é que títulos públicos com juros semestrais operam como se adiantassem o pagamento dos juros que, em um título normal, seriam pagos lá no futuro, no vencimento. Portanto, por se tratar de uma antecipação, para efeito de imposto, opera como se fosse um resgate.
Imposto de Renda no Tesouro Direto
Neste caso, o Imposto de Renda no Tesouro Direto recai sobre a rentabilidade e altera de acordo com o prazo. E se o investimento for de até seis meses, paga-se a maior alíquota: 22,5%. Vale lembrar que entre seis meses e um ano, o IR cai para 20%. Entre um e dois anos, para 17,5% e, para mais de dois anos, chega à menor taxa, de 15%.
No caso de um título com juros semestrais, o pagamento cai neste mesmo ponto acima, em termos de imposto. Sendo assim, no primeiro pagamento, em seis meses, você vai pagar 22,5% de IR sobre o rendimento, no segundo (em um ano) 20%, no terceiro (um ano e meio) 17,5% e só depois passa a pagar 15%.
Em contrapartida, o investidor paga mais imposto antes, e os juros semestrais interrompem o efeito de juros compostos. E o monstante recebido a cada seis meses poderia estar rendendo se estivesse aplicado. E neste cenário, se resolver reaplicar o valor, perderá alguns dias enrre receber e investir novamente.
Conclusão sobre Tesouro Direto com juros semestrais
Diante dessas explanações é preciso se saber a pergunta se vale a pena investir em um título com juros semestrais. Porque a resposta depende. Como dito acima, é saber identificar se estpa em uma fase de usufruir tudo o que juntou até o momento. E aí sim será uma boa opção para ter um fluxo semestral de juros. O mesmo vale para quem está juntando muito dinheiro.
Por outro lado, se estiver juntando dinheiro em um momento de constituir patrimônio, é melhor o dinheiro operar por mais tempo em vez de ficar antecipando pagamento de jutos, porque com isso pagará mais IR.
*Foto: Unsplash