Venda de veículos em maio foi o quarto mês seguido de aumento nos negócios, além de ser o melhor resultado do ano
O mercado brasileiro de veículos novos registrou alta de 27% em maio, em relação a abril. Neste caso, houve praticamente um empate com o mesmo mês em 2021, com vendas de 187 mil unidades, incluindo caminhões e ônibus.
Venda de veículos em maio
Além disso, foi o quarto mês seguido de aumento nos negócios, e o melhor resultado do ano. Esta também é a primeira vez desde julho passado que o número deste ano e chega perto do registro de um ano atrás.
Contudo, no acumulado dos cinco meses as vendas somaram 740 mil veículos, número 17% inferior em relação ao mesmo período de 2021.
Mas, apesar da redução, o setor automotivo continua com dificuldades no abastecimento de semicondutores e novas fábricas devem suspender a produção.
Prova disso é que a Volkswagen é uma das mais afetadas atualmente e já avalia dar mais dez dias de férias coletivas ao pessoal da fábrica Anchieta, no ABC paulista, caso não receba um lote de componentes até meados de julho.
Vale destacar que até abril, 14 fábricas – de um total de 59 – já tinham suspendido operações por dias ou semanas em razão da escassez dos chips.
Nesse período, pelo menos 100 mil veículos deixaram de ser produzidos, conforme cálculos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Sobre isso, Márcio de Lima Leire, presidente da entidade, disse no mês passado acreditar que o ritmo de crescimento das vendas internas será mantido, mesmo com a falta de alguns produtos, dos reajustes de preços feitos pelas montadoras, dos juros altos, da dificuldade de crédito e da queda do poder de compra dos trabalhadores.
Demanda reprimida
Ele diz que trata-se de uma demanda reprimida por causa da dificuldade de encontrar alguns modelos nas lojas. E o setor, por sua vez, não sabe ainda que tamanho terá o mercado brasileiro quando o problema dos chips for resolvido.
Todavia, apenas no mês de maio, o mercado de automóveis e comerciais leves teve vendas de 175,6 mil unidades. Resultado: um crescimento de 28% ante abril e praticamente empatado com maio de 2021.
No ano, o segmento acumula 689,2 mil unidades vendidas, 18% menor ante os cinco primeiros meses de 2021.
SUVs
Por outro lado, os utilitários esportivos (SUVs) continham ganhando participação no mercado. Isso porque são produtos de maior valor agregado. Sendo assim, as montadoras priorizam a produção destes veículos com os chips que recebem.
No ranking do mercado automotivo, a Fiat se mantém na liderança, com 22,1% das vendas totais de automóveis e comerciais leves. A General Motors vem em segundo lugar, com 14%.
Nas três posições seguidas estão Toyota, Hyundai e Volkswagen, com resultados muito próximos, respectivamente: 10,8%, 10,7% e 10,5% de participação nas vendas. E mais abaixo, aparecem: Jeep (7,8%), Renault (6,1%), Honda (3,2%), Nissan (2,9%) e Peugeot (2,4%).
Modelo mais vendido
Já o modelo mais vendido entre janeiro e maio foi a picape Fiat Strada, com 41,2 mil unidades. Depois vem, Hyundai HB20, com 34,9 mil unidades, Chevrolet Onix (29,9 mil), Fiat Mobi (26,7 mil) e Volkswagen T-Cross (26,5 mil).
Fenabrave
Vale destacar que os dados de licenciamentos antecipados pelo mercado foram confirmados ontem (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Anfavea
Na semana que vem, será a vez de a Anfavea divulgar os resultados de produção, exportações e empregos do setor em maio e no acumulado do ano.
*Foto: Unsplash
