Modo ecommerce do grande varejo em tempos de coronavírus, fez grandes empresas como o Magazine Luiza, Casas Bahia e Ponto Frio optarem por esta solução
Em tempos da pandemia da Covid-19, grandes empresas do país passam a operar em modo ecommerce, fechando suas lojas físicas por tempo indeterminado. Com essa tática é uma forma de girar a economia do Brasil. Já a empresa Embraer optou por decretar férias coletivas a seus funcionários.
No domingo (22), o Ministério da Saúde divulgou que o número de mortos pela epidemia de coronavírus subiu para 25, ante 18, divulgada no dia anterior (21), e que os casos do vírus no país chegaram a 1.546, ao comparar os 1.128 de sábado.
Ecommerce é um caminho para o varejo durante a pandemia
O varejo em tempos de coronavírus tem gerado soluções para conter a epidemia. Neste caso, as grandes empresas decretaram a paralisação de suas atividades em suas lojas físicas e migrado, praticamente, toda sua operação para o comércio online. É o caso da empresa Klabin e Magazine Luiza.
A Klabin afirmou na segunda-feira (23) que parou temporariamente as obras de construção civil e montagem do Projeto Puma 2, no Paraná. Com isso, cerca de 4.500 trabalhadores foram dispensados por enquanto. Em nota, a companhia disse também:
“Pela rapidez dos eventos relacionados à pandemia do coronavírus e incertezas quanto ao prazo para a normalização das atividades de saúde e econômicas do Brasil, não é possível até o presente momento estabelecer quais serão os efeitos dessa medida no cronograma e orçamento do projeto.”
Na segunda-feira, o Magazine Luiza informou que resolveu fechar por enquanto sua “importante operação de lojas físicas”. No entanto, ela manterá as operações de ecommerce. Com isso, a varejista que estava estudando ampliar rapidamente a entrega de produtos vendidos online a partir de lojas físicas continua atendendo seus consumidores.
Sua rival, a Via Varejo também se manifestou no fim de semana e anunciou o fechamento temporário de todas as suas lojas físicas, o que inclui as Casas Bahia e o Ponto. Sua operação via ecommerce já está em operação. Já as Lojas Marisa também optou por solução similar, no sábado.
Férias coletivas em tempos de coronavírus
No caso da Embraer, a companhia disse no domingo que optou em colocar todos os seus funcionários no Brasil que não podem trabalhar de casa em afastamento remunerado até o dia 31 de março e ressaltaram também que apenas “algumas operações essenciais” funcionarão. Além disso, a epidemia de coronavírus pode fazer a Boeing reavaliar a aquisição da linha comercial da companhia aérea brasileira. Nos Estados Unidos, a Fed decidiu implantar medidas maciças para conter a disseminação.
Fechamento de shoppings
Toda a rede da BR Malls está fechada desde segunda-feira. Já o grupo Iguatemi afirmou que suspendeu suas operações, mantendo apenas o essencial em algumas unidades.
A empresa de calçados Arezzo informou sobre a suspensão de suas atividades fabris, com férias coletivas aos empregados e fechou, temporariamente, todas as lojas que abrangem as localidades anunciadas pelas autoridades municipais ou estaduais. E ainda para auxiliar ainda mais na contenção da pandemia de coronavírus e na crise da economia no país, reduziu em 30% os salários do presidente-executivo, da diretoria executiva e de conselheiros.
Posicionamentos dos governos federal e estadual diante da Covid-19
Na segunda, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo federal pode suspender dívidas de estados com a União.
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou uma quarentena em todo o estado por 15 dias, a partir desta terça-feira (24). Com isso, será obrigatório o fechamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais, a fim de reduzir a epidemia de coronavírus.
Já no estado do Rio de Janeiro, foi decretada situação de calamidade pública diante do avanço da disseminação da Covid-19 e desde sábado entraram em vigor novas medidas e isolamento na capital e com restrição de transportes na cidade do Rio de Janeiro.
Fonte: Folha de S. Paulo
*Foto: Divulgação/ Marcelo Brandt/G1