Os Correios desenvolve plano em sigilo e planeja disputar com aplicativos de transporte e alimentação o mercado de entregas compartilhadas.
Empresas como Uber, iFood e Rappi conquistaram uma importante fatia do segmento de entregas.
Os Correios não querem ficar de fora desse nicho e estão ajustando medidas cabíveis para colocar em prática o quanto antes.
Desde 2011, a empresa pública tem o direito de ampliar sua rede de distribuição por meio de compra de participações em companhias já estabelecidas no mercado e ainda poder constituir subsidiárias.
O projeto será tocado pela CorreiosPar, que é controlada pela estatal.
O funcionamento do projeto se daria através de uma parceria societária com o setor privado.
A companhia, no entanto, deixa claro que não pretende terceirizar seus serviços, que incluiria contratar pessoal de fora.
Ao contrário, a empresa que recentemente entrou em processo de reestruturação, com o fechamento de algumas agências espalhadas pelo país, quer otimizar sua logística.
Além disso, a estatal encara problemas na área de entregas, que diz respeito à cartas e telegramas.
De 2012 para cá houve uma queda de mais de 3,2 bilhões de unidades deste serviço.
Hoje, os Correios enfrentam a forte concorrência de outras companhias do setor de postagem de encomendas, como DHL e UPS.
De acordo com a empresa, o novo serviço chegaria para ampliar a rede de possibilidades de negócio. Porém, no início o foco seria apenas em encomendas, e não em um nicho de alimentação.
OUTRAS FORMAS DE COLETA DE ENCOMENDAS
Atualmente, a pessoa quando quer enviar uma encomenda precisa ir a uma agência dos Correios e fazer uma postagem convencional, que passa por uma logística interna até o produto chegar às mãos do carteiro e entrar em rota de entrega.
A ideia da estatal é com o novo serviço otimizar esse tempo gasto e até eliminar etapas do processo e reduzir custos.
Outro modo de expandir o negócio e que está em estudo seria o uso de armários automatizados, localizados em pontos estratégicos shoppings e estações de trem e ônibus.
O sistema funcionaria com a solicitação do usuário por meio de aplicativo em retirar sua encomenda em um dos postos mais próximos de sua casa ou do trabalho.
PROJETO-PILOTO
Com o encerramento da primeira fase, que é a definição do modelo a ser adotado pela empresa e todo orçamento envolvido, será lançado um projeto-piloto em algumas cidades.
O método que os Correios querem criar precisa ser híbrido e principalmente simplificado em termos de uma entrega compartilhada.
*Foto: Divulgação