Na tarde de ontem (13), o Ibovespa encerrou o dia em alta de 2,16% aos 104.723 pontos, sustentado pelo desempenho dos balanços corporativos e acompanhando o movimento positivo. Isso porque os estrangeiros voltam a investir no Brasil.
Já durante a semana, o índice acumulou alta de 3,7% apoiado, especialmente, pelo retorno do investidor estrangeiro à Bolsa brasileira. No acumulado de novembro até a última quarta-feira, o fluxo era positivo em R$ 15 bilhões, conforme informações da B3.
Vale lembrar que no fim de agosto, o Ibovespa registrou a 1ª queda mensal desde março depois de fechar abaixo dos 100 mil pontos.
Estrangeiros voltam a investir no Brasil
Ontem, blue chips como Petrobras e Bradesco responderam pelas maiores contribuições positivas. No entanto, a alta de 6,84% da Notre Dame Intermédica ON, que divulga balanço na segunda-feira, também teve peso no saldo do dia para o índice.
Em relação ao dólar comercial, ele encerrou o dia em queda de 0,07%, negociado a R$ 5,47 na venda. Porém, durante a semana, a moeda americana acumulou valorização de 1,58%, devolvendo parte do recuo de 6,07% registrado na semana anterior.
Já o câmbio tem sido pressionado pelo risco fiscal. Então, isso reflete no mercado, que ainda está receoso sobre o futuro do teto de gastos. Além de estar frustrado com a lentidão da agenda de reformas econômicas.
Contas públicas
O Itaú Unibanco elevou ontem, de R$ 4,50, para R$ 5,00 o prognóstico para a taxa de câmbio nominal ao fim de 2021. Essa alta ocorreu em função dos problemas relacionados às contas públicas.
Os estrangeiros voltam a investir no Brasil. E com isso, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o desalinhamento negativo de câmbio no país voltou a aumentar no fim do terceiro trimestre. Consequentemente, ele ficou entre os maiores já vistos nos últimos anos. Sobre isso, o coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da FGV (FGV EESP) e um dos autores da análise, Emerson Marçal, explicou:
“A persistência do desalinhamento frente a uma melhora consistente dos fundamentos ao longo de 2020 nos leva a reiterar que a desvalorização do real tem sido ocasionada principalmente por fatores de risco relacionados tanto à pandemia quanto à situação fiscal.”
EUA
Além disso, em Wall Street (EUA), o dia de ontem também foi positivo com balanços da Disney e Cisco entre os principais suportes dos indicadores. Portanto, isso ofuscou as preocupações com o avanço da segunda onda de Covid-19 no país e seus reflexos sobre a recuperação econômica.
Diante da expectativa de uma vacina contra a doença, disponível em médio prazo, os investidores estão se arriscando mais e se posicionam em setores sensíveis da economia, como o de energia.
Por fim, o Dow Jones fechou o dia em alta de 1,37%, o S&P 500 teve ganho de 1,36% e o Nasdaq Composite subiu 1,02%. Na semana, o Dow acumulou valorização de 4,08% e o S&P 500 ganhou 2,16%. Já o Nasdaq teve performance negativa de 0,55%, com Facebook e Amazon entre as principais baixas do índice de tecnologia.
Destaques do dia do Ibovespa
Maiores Altas
- YDUQ3: +9,76% a R$ 28,34
- IRBR3: +7,70% a R$ 6,71
- GNDI3: +7,46% a R$ 74,50
- MRVE3: +6,98% a R$ 19,92
- SUZB3: +6,94% a R$ 51,94
Maiores Baixas
- MULT3: -2,35% a R$ 22,45
- MGLU3: -1,49% a R$ 25,10
- CSNA3: -1,18% a R$ 19,29
- IGTA3: -1,15% a R$ 35,15
- BEEF3: -0,90% a R$ 9,94
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