Ao menos 40% dos fundos imobiliários na B3, mas o cenário ainda é de uma economia fraca, incertezas políticas e fiscais do país
O mês de fevereiro marcou uma volatilidade do mercado, com 82 dos fundos imobiliários na B3 (quase 40%) sendo negociados. Portanto, houve retornos positivos neste período. Os dados vêm de um estudo da fintech Smartbrain com base em dados da B3.
Fundos imobiliários na B3
Segundo o levantamento da fintech, 74 dos FIIs performaram acima do IFIX (Índice de Fundos Imobiliários), que encerrou o mês subindo 0,25%. Além disso, a pesquisa considerou as variações das cotas e dos rendimentos dos fundos imobiliários.
Vale lembrar que em maio do ano passado, no auge da pandemia, a recomendação de especialistas era de que: investimentos de renda variável, como fundos imobiliários, ações, fundos de ações e alguns fundos multimercado podem acarretar em um grande prejuízo no curto prazo.
Títulos de crédito imobiliário
Contudo, o melhor desempenho no mês passado foi registrado pelo Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11). No caso, o foco foi em títulos de crédito imobiliário, que apresentou rentabilidade de 11,37%, seguido pelo Multigestão Renda Comercial, de lajes corporativas, com uma valorização de 10,29%.
Vacinação contra a Covid-19
Em contrapartida, a performance dos fundos também foi prejudicada pelo ritmo lento de vacinação contra a Covid-19, além do aumento nas taxas de novos casos e de mortes. E isso exigiu mais restrições na circulação de pessoas.
Junto a tudo isso, pesou o cenário de economia fraca, as incertezas políticas e a situação fiscal do país.
No acumulado
Já no acumulado de 2021, até final de fevereiro, 86 FIIs ficaram no azul. Isso equivale a 42% dos negociados. E destes, 74 FIIs ficaram acima do Ifix, que foi de 0,57% no período.
Destaques
Por outro lado os destaques em 2021 até este momento são: o Ouro Verde Desenvolvimento Imobiliário (ORPD11), com um retorno de 19,66%, e o Socopa Fundo Imobiliário (REIT11), com 18,80%. Ambos têm foco em títulos de financiamento imobiliários.
Por fim, o relatório da SmartBrain, afirma:
“Há muitas discrepâncias entre os FIIs na Bolsa. Isso porque cada fundo imobiliário tem uma carteira de ativos diferente, assim como uma dinâmica de gestão específica. Alguns apresentam melhor consistência de resultados ao longo do tempo do que outros.”
*Foto: Divulgação