Os jovens considerados da Geração Z apresentam-se de pensamento conservador e arcaico quando o assunto é poupar dinheiro. Muitos ainda recorrem à boa e velha poupança, ou ainda conta corrente. E há também quem opte em guardar uma somatória embaixo do colchão como seus avós faziam.
Segundo uma pesquisa realizada pela Câmara Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), 52% dos entrevistados guardam dinheiro. A faixa-etária compreende pessoas entre 18 e 24 anos. E o maior público que admitiu poupar algum recurso são homens das classes A e B, que atinge 67,5%.
TIPOS DE INVESTIMENTOS FAVORITOS PELOS JOVENS ABORDADOS
Em primeiro lugar com 52,8% ficou a mais conhecida delas, a caderneta de poupança. Porém, este tipo de aplicação está em último lugar no ranking de investimentos de abril de 2019. Seu retorno foi de apenas 4,55% ao ano.
Em seguida, foi dito por 24,6% dos jovens que costumam guardar dinheiro dentro de casa, embaixo do colchão, por exemplo. E por último com 20,2% vem a alternativa de poupar algo por meio de conta corrente. Segundo especialistas são opções que não protegem o dinheiro. Além de não escaparem da inflação, que desde maio de 2018 transita na casa dos 4,58%.
DEPOIMENTO DE JOVENS
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o estudante de Direito Sidnei Campos (21 anos) admite já ter guardando dinheiro em casa. Pois, ele gastava muito mantendo a quantia em conta corrente e perdeu o controle. Também chegou a adquirir uma dívida por estourar o limite de R$ 2 mil no cartão de crédito.
O caso da Samira Ferreira vai mais além por ter contraído um débito no valor de R$ 50 mil. O motivo desta alta somatória é pela jovem estudar em tempo integral. Já a estudante Juliana da Paz, que também possui dividendos optou em conseguir ‘frilas’ para complementar a renda e para poder estar em dia com o aluguel da casa que divide com mais quatro pessoas.
De acordo com Juliana Inhasz, coordenadora do curso de Economia do Insper, esse tipo de situação faz com que os jovens gerem um grande impacto em suas vidas financeiras no futuro. Por falta de conhecimento financeiro, esses indivíduos poderão obter taxas de juros maiores em financiamentos, por exemplo. Todavia, esse fato está atrelado à aprovação da lei de cadastro positivo em que entidades responsáveis terão acesso à movimentação de recursos dos brasileiros na hora de lhes conceder ou não um empréstimo.
*Foto: Ilustração