Hoje, são quase 80% de hackers do bem, aponta pesquisa da BugHunt com 12 mil profissionais, em que 40% deles já detectaram bugs em pelo menos cinco empresas brasileiras
Uma pesquisa da BugHunt, primeira plataforma brasileira de recompensas para quem encontra bugs, realizou um estudo que detalhou as motivações dos ‘hackers do bem’. Estes são os profissionais de cibersegurança que reportam falhas em softwares e sistemas digitais.
Caça dos hackers do bem
Além disso, mesmo não sendo uma surpresa, a maior parte dos hackers do bem enxergam o trabalho de busca de vulnerabilidades virtuais como uma oportunidade para obter renda extra e ainda desenvolver suas habilidades como especialista em cibersegurança.
Sendo asism, os dados publicados no estudo “Raio X dos Bughunters” mapeou que, num universo de 12 mil profissionais da área, 78,3% desses hackers éticos atuam visando a rentabilidade financeira. Enquanto isso, o desenvolvimento profissional apresenta números bem próximos, sendo indicada como motivação por 65% dos entrevistados.
Já a terceira justificativa mais citada foi a criação de uma rede forte de networking, aparecendo entre 26,75% dos profissionais. É o que avalia Caio Telles, co-fundador e CEO da BugHunt:
“O alto número de pessoas colocando o desenvolvimento profissional como motivação para esse trabalho demonstra não só uma classe de profissionais engajados, mas também como os hackers do bem são valorizados no mercado, já que o setor reconhece a importância de combater essas falhas e possíveis brechas virtuais.”
Perfil desses profissionais
Além de explorar as motivações por trás do ofício desses hackers do bem, o estudo ainda traçou um perfil mais detalhado sobre estes profissionais. Segundo a pesquisa, 48,3% dos profissionais contam com formação em segurança da informação, enquanto 33% são formados em TI.
Em relação à faixa etária, a coleta revelou que a grande maioria entre os hackers são jovens. No entanto, com uma divisão entre gerações quase igualitária entre os especialistas de 17 a 24 anos, com 41,7% dos entrevistados, e 25 a 35 anos, com 40%.
Bugs em cinco empresas distintas
Por outro lado, a pesquisa identificou que 40% dos bughunters já detectaram bugs em pelo menos cinco empresas distintas. Para Telles, o número alto expõe a fragilidade do cenário brasileiro no que se diz respeito às falhas nos sistemas das companhias nacionais.
Por fim, o levantamento coletou informações referentes às principais causas destes problemas. Sendo assim, foi possível identificar as vulnerabilidades técnicas (aparecendo em 56,7% das vezes), a exposição de dados (presente em 53,3% dos casos) e a injeção de códigos ou scripts (ocorrida em 53,3% das ocasiões), como os bugs mais recorrentes no país.
*Foto: Reprodução