Com isso, Ibovespa conseguiu renovar máximas em uma semana de recordes
A semana passada foi próspera para o Ibovespa, que encerrou o período na última sexta-feira (6) com recordes e indícios de melhora no ritmo da economia brasileira. Além disso, também contou com agentes financeiros ainda em fase de encontro no noticiário externo argumentos para aquisições.
Ibovespa – como a semana passada
O Ibovespa, que é considerado o índice de referência do mercado de ações nacional, teve alta de 0,46% a 111.125,75 pontos. Em relação ao volume financeiro, foi movimentado R$ 17,9 bilhões.
Durante o período de 2 a 6 de dezembro, a bolsa brasileira encerrou os cinco pregões no azul e acumulou valorização de 2,67%, visto como o melhor desempenho semanal desde o final de agosto deste ano, com +3,55%.
Sobre isso, o gestor e sócio-fundador da empresa Trígono Capital, Werner Roger, afirmou em declaração à Reuters:
“A bolsa tem reagido a uma combinação de fatores positivos, com o fluxo local ajudando a absorver as vendas de estrangeiros”.
Saldo do capital externo
Já em relação aos dados da B3, foram revelados que o saldo do capital externo no segmento secundário foi negativo em torno de R$ 40 bilhões neste ano, ao passo que o Ibovespa subiu mais de 25% em 2019.
Para Roger, o PIB brasileiro estar acima do estimado na semana passada parece advertir que o país possa estar saindo de uma crise, que somada a fatores como juros baixos, inflação sob controle e confiança de consumidores e empresários, contribui para o ponto de vista de que o Brasil pode assumir uma trajetória de crescimento sustentado.
Prova disso é que o PIB nacional ascendeu 0,6% no terceiro trimestre comparado ao segundo período do ano, que demonstra estar acima do estimado e ainda no melhor desempenho desde o primeiro trimestre do ano passado, ao passo que informações anteriores foram revisadas para cima.
Já na opinião de Ermírio Lucci, presidente da BGC Liquidez, destaca que o que pode estar por trás dos últimos recordes do Ibovespa é a melhora nas estimativas de desenvolvimento do Brasil:
“O Brasil está começando a crescer… o que em um ambiente de juros e inflação baixos alimenta a demanda por ativos de risco”.
Ele também pontuou uma manutenção do segmento positivo do mercado de ações nacional no médio prazo.
EUA e China
Na sessão da semana passada do Ibovespa, o panorama externo mais benigno apresentou sinais de que os Estados Unidos e a China rumam para um acordo de primeira fase nas negociações comerciais, o que contribuiu para o mercado brasileiro.
Foi recebido com bons olhos o anúncio da China em relação á decisão de abrir mão das taxas sobre alguns embarques de soja e carne suína nos EUA, justamente em meio a negociações para um acordo comercial.
Ainda no cenário internacional, dados de emprego dos Estados Unidos evidenciaram que a criação de novas oportunidades naquele país registrou o maior aumento em maus de dez meses em novembro, provando assim que a economia se mantém em um percurso de ampliação moderada.
Já em relação ao ponto de vista gráfico, os analistas do Itaú BBA, Fábio Perina e Larissa Nappo, analisaram que o Ibovespa está em alta tendência no mercado financeiro, rumo ao próximo objetivo de atingir 114 mil pontos. Sendo assim, passando desta marcação o próximo desafio é chegar em 120 mil pontos.
Fontes: Reuters para a Forbes – UOL
*Foto: Divulgação