Indicador mensal do BofA caiu a -0,19 ponto em setembro, de +0,49 ponto em agosto
Um indicador coincidente do BofA (Bank of America) para a atividade econômica brasileira caiu em setembro para índice negativo pela primeira vez desde 2020. O resultado aparece na quinta baixa consecutiva e também ao menor patamar desde julho do ano passado, sinalizando agora contração mensal do IBC-Br.
Indicador mensal do BofA
Além disso, o indicador mensal do BofA caiu a -0,19 ponto em setembro de +0,49 ponto em agosto. Com isso, há uma linha com fracas leituras do mercado de varejo e produção industrial.
Em relatório, David Beker, economista e estrategista para Brasil do BofA, afirma que a desaceleração do indicador proprietário sinaliza continuidade da moderação do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre, com estagnação do IBC-Br no período. O IBC-Br é um indicador divulgado pelo Banco Central e auxilia a delinear a tendência de direção do PIB.
Contribuições
Além disso, todos os componentes do índice do BofA viram queda em suas contribuições. Neste caso, pesou o novo recuo nas leituras de confiança do consumidor e empresarial. Enquanto isso, a contribuição das vendas de veículos ficou em território negativo.
No total, Beker ainda espera “forte” recuperação do PIB neste ano, de 5,2%. Ou seja, acima do consenso mostrado pela pesquisa Focus do BC (+5,04%). E ainda com chances de um número mais forte em caso de uma retomada mais firme do setor de serviços à medida que as restrições de mobilidade são revertidas.
Entretanto, o estrategista ponderou:
“No entanto, o ritmo de recuperação deve continuar perdendo fôlego à frente, devido a alta inflação, aumento do ruído político, escassez de insumos e baixos níveis de água nos reservatórios.”
Em 16 de novembro, o Bacen informa o IBC-Br de setembro. E em 2 de dezembro, o IBGE divulga o PIB do terceiro trimestre.
*Foto: Divulgação