Foi divulgado na segunda-feira, 23 de julho, pela Agência Brasil a pesquisa Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central. O boletim traz projeções das instituições financeiras consultadas pelo BC, dessa vez, o foco foi a redução do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação caiu de 4,15% para 4,11%.
Essa é a segunda redução consecutiva e, aos poucos, os consumidores devem sentir no bolso a diferença de preços dos produtos. Em 2019, o IPCA deve reduzir para 4,10% e cair para 4% em 2020. O relatório do Banco Central prevê ainda que em 2021 a inflação reduza de 4% para 3,95%.
Apesar dessa redução, as estimativas estão abaixo da meta buscada pelo Banco Central. O objetivo para 2018 era atingir uma dedução de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para o ano que vem, as instituições financeiras prevêem um aumento de 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Para alcançar a meta de reduzir a inflação, o Banco Central tem como base a taxa Selic. Segundo as instituições financeiras, a taxa básica de juros deve permanecer em 6,5% até o final desse ano, a expectativa para 2019 é terminar o período em 8%.
Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) aumenta a taxa Selic, acontece um impacto no aumento dos preços, o objetivo dessa prática é conter a demanda aquecida. Quando o comitê reduz os juros básicos, o crédito fica mais barato, incentivando assim, a produção e o consumo, além de controlar a inflação.
A manutenção da Selic em 2018 indica que o Copom considera as alterações realizadas suficientes para alcançar a meta da inflação.
Projeção do Produto Interno Bruto
As instituições financeiras acreditam que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos no país – para 2018 será mantida em 1,50%. Para o próximo ano haverá um aumento de 2,50%, o índice se manterá assim em 2020 e 2021.
Para entender melhor o impacto que o PIB tem na sociedade, é importante destacar que quando ele encolhe, a economia segue o mesmo caminho. Se esse índice não se desenvolve, a taxa de desemprego aumenta e as empresas passam a contratar profissionais oferecendo salários menores. Se o Produto Interno Bruto não cresce, o salário mínimo também sobe menos, por esses e outros motivos, o equilíbrio desse índice é tão importante para o país.
Já a projeção para a cotação do dólar permanece em R$3,70 até o final de 2018. Para o fim de 2019 a previsão passa de R$3,68 para R$3,70.