Juro mais alto em 2022 tem a ver com paralisação de aumento da inflação; número esperado para 2021 cedeu de 10,18% para 10,05%
Na semana passada, a economia do país viu a elevação da projeção para a taxa de juros ao final de 2022. Isso porque o Banco Central adotou uma linguagem mais dura ao voltar a subir a taxa Selic. Enquanto isso, as expectativas de inflação melhoraram ou pararam de piorar após uma longa série de altas.
Juro mais alto em 2022
Segundo pesquisa do Boletim Focus do Banco Central, divulgada no dia 13, o o prognóstico para o juro básico da economia em 2022 subiu a 11,50% ano, de 11,25% do documento da semana anterior.
Taxa Selic com juro mais alto em 2022
Por outro lado, o BC elevou a taxa Selic em 1,50 ponto percentual, para 9,25% ao ano. E isso indicou nova alta para fevereiro e destacou em comunicado a importância de o ciclo de aperto avançar “significativamente” em território contracionista para consolidar o processo de desinflação e de ancoragem das expectativas em torno das metas.
Surpresa para a maioria do mercado
Em compensação, há um impacto positivo que surpreendeu a maioria do mercado. Graças aos dados piores de atividade econômica, dias depois, o IBGE anunciou um IPCA de novembro abaixo do esperado e com composição melhor.
As projeções feitas pelo Focus melhoraram também.
Queda após 35 semanas
Sendo assim, o número esperado pra 2021 cedeu de 10,18% para 10,05%. Esta foi a primeira queda appos 35 semanas seguidas de alta. Já a medida para 2022 se manteve em 5,02%. E parou de subir após 20 semanas consecutivas em ascensão.
Em contrapartida, a projeção para 12 meses caiu de 5,36% para 5,21%. Ao passo que a taxa para 2023 recuou de 3,50% para 3,46%. Já o IPCA esperado para 2024 teve ligeira queda, de 3,10% para 3,09%.
Projeções anuais
Entretanto, todas as projeções anuais de 2021 a 2024 seguem acima das metas para os respectivos anos: 3,75%, 3,50%, 3,25% e 3,00%.
Em um cenário inflaçãom ainda pressionada e juros mais altos, a economia padece. O prognóstico para o crescimento do PIB em 2021 recuou pela nona semana seguida, saindo de 4,71% para 4,65%.
A taxa esperada para 2022 ficou menor pela décima semana seguida, ainda que apenas ligeiramente – caiu de 0,51% para 0,50%.
Por fim, a taxa de câmbio, o mercado passou a ver dólar mais alto ao fim de 2021 (R$ 5,59 em vez de R$ 5,56). Porém, manteve a estimativa para a moeda ao término de 2022 em R$ 5,55.
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