Com a loja física da Logay, seu fundador, Henrique Chirichella estima faturar R$ 250 mil por ano com o novo ponto de vendas, situado em uma galeria na Rua Augusta
Em 2017, Henrique Chirichella, 30, abriu o e-commerce Logay, voltado ao movimento LGBT, com acessórios e moda. Ele investiu inicialmente R$ 300, com a ajuda de seu pai, Flávio Chirichella. Já nos primeiros quatro meses, o negócio já tinha faturado R$ 65 mil.
Logay na Rua Augusta
Hoje, pouco mais de dois anos depois da criação de seu e-commerce, a Logay ganhou as ruas. Após seis meses em teste com um box na galeria De Tudo um Pouco, na rua Augusta, em São Paulo, o empreendedor abriu a primeira loja física da marca, com 4,5m². Em entrevista à revista PEGN, ele conta:
“É uma possibilidade para que os clientes conheçam ao vivo, vejam a qualidade das roupas e as experimentem. Isso é muito importante, principalmente quando se trabalha com vestuário.”
O total investido neste ponto comercial foi R$ 6 mil, com gastos entre decoração, parte elétrica e despesas administrativas, fora o aluguel mensal e a porcentagem comissionada, que Henrique explica:
“A intenção é dobrar o faturamento da marca com a novidade. Só a nova loja tem projeção de R$ 250 mil por ano”.
Atualmente, as vendas físicas da Logay correspondem a 15% do faturamento e o empreendedor acredita que seja possível expandir essa participação.
Ele não revela o faturamento do e-commerce, porém, conta que são realizados quase 350 pedidos por mês, o que pode variar em datas comemorativas e temáticas da causa LGBT, passando a um tíquete médio de R$ 100.
“Temos demanda de abrir outros pontos como filiais, mas preferimos estruturar o negócio em si para finalmente franquear.”
O início
A ideia da Logay aconteceu quando na época em que Henrique morou fora do país e enxergou a oportunidade de negócio ao visitar outras lojas de artigos LGBT em outros países.
Ao retornar ao Brasil, trouxe uma pulseira de couro com estampa de arco-íris, que tinha um valor sentimental significativo. No entanto, Henrique a perdeu e na tentativa de obter outra, percebeu a tal chance de negócio, nascendo assim seu e-commerce, em sociedade com os pais, Flávio e Silvia Chirichella.
Contato com o consumidor pela loja física
Além da Logay, outros e-commerces estão fazendo a transição do digital para o espaço físico. Um dos maiores, a Amazon, inaugurou nos últimos anos suas lojas físicas nos EUA e comprou um dos maiores supermercados do país, o Whole Foods.
Segundo dados do relatório Webshopppers, da empresa Edit/Nielsen, o comércio virtual em lojas B2C no Brasil aumentaram 12% no ano passado e alcançaram os R$ 53,2 bilhões. Em 2019, a projeção de crescimento é de 15%.
Mesmo com esse índice favorável, a participação do e-commerce no varejo, geralmente é estimada em 10%. O motivo é o valor gasto com frete, além de reconhecimento de marca e segurança nas transações de compra. Todos estes fatores foram levantados por Henrique para decidir também abrir uma loja física.
“O e-commerce ainda está muito cru no Brasil. O consumidor está muito habituado a fazer compras em lojas físicas, por questões de segurança da compra. Ele quer ver o produto, tocar. Além disso, o ponto físico ajuda mais na compra por impulso, por não ser preciso fazer nenhum cadastro.”
Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
*Foto: Divulgação