Mulheres endividadas precisam de um planejamento, estratégia, metas, além de disciplina para conseguirem ter uma boa gestão financeira de seus ganhos
Em sala de aula já é possível crianças aprenderem sobre educação. No entanto, a disciplina é recente na grade curricular. Sendo assim, durante muitas gerações as pessoas não tinham o costume de planejar, estabelecer metas e, sobretudo, ser disciplinada na administração das finanças pessoais. Todos esses fatores ajudam a evitar cair num ciclo de dívidas.
Mulheres endividadas
No entanto, dados globais indicam que hoje as mulheres endividadas somam um número maior que os homens. Segundo a especialista em planejamento financeiro Júlia Lázaro, 90% das mulheres recém salários 20% menores que os dos homens.
Além de uma remuneração menor, muitas mulheres ainda têm de enfrentar uma dupla jornada. Ou seja, trabalhar fora e cuidar dos afazeres da casa, o que inclui cuidar dos filhos.
Portanto, as mulheres acabam por entrar nas estatísticas de endividamento e até de inadimplência.
Estudo da CNC
De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgado no último Dia Internacional da Mulher, revelou que apenas neste ano, 80% das mulheres brasileiras estão endividadas.
Independência feminina
Para a especialista, não existe independência feminina sem planejamento financeiro. Em suma, saber planejar é o primeiro passo para organizar o orçamento pessoal. Definir objetivos e traçar meios para atingi-los é fundamental. Identificar e calcular as fontes de renda principal e adicional, eventual ou secundária, são condições imprescindíveis.
Como fazer esse planejamento?
Para começar, é necessário tirar um extrato bancário dos últimos três meses e verificar a média mensal da relação entre receitas e despesas. Na sequência, projetar receitas, revisar gastos, realizar uma avaliação detalhada das receitas e estipular metas de investimentos.
O segundo passo é identificar e mapear despesas e possíveis gastos extras. Para isso, elabore um calendário anual de compras, indicando os meses ideais para determinadas despesas.
Um exemplo claro é comprar roupas de verão durante o inverno, pois estarão com desconto. Outro fator é aproveitar a época de Black Friday em novembro para adquirir itens que estão faltando em casa, por exemplo, e também já aproveitar e fazer as compras de Natal.
Reserva de emergência
Outra dica é fazer uma reserva de emergência para imprevistos, e se possível destinar entre 10 e 20% para investimentos. Isso porque esses trâmites exigem a definição de metas e estratégias para alcançá-las.
Saúde financeira
Por fim, a especialista diz que as finanças fazem parte de uma tríade, juntamente à saúde física e emocional. Esses três elementos estão conectados. Em suma, um estado emocional em crise pode levar ao descontrole nos gastos. Enquanto isso, as finanças desenfreadas podem gerar preocupações e problemas que afetam tanto o emocional quanto a saúde.
Fonte: Foto de wayhomestudio na Freepik
