Segundo relatório da Ebit | Nielsen, pandemia puxa e-commerce para cima durante o primeiro semestre de 2020 com maior intensidade, onde a categoria de eletrônicos e eletrodomésticos se destacou
Desde que o estado de calamidade pública se instaurou no Brasil, devido à Covid-19, todos os setores da economia foram impactados. A quarentena pegou comerciantes e empreendedores desprevenidos, que foram obrigados a fechar seus espaços físicos sem saber ao certo quando poderiam retornar.
Por outro lado, consumidores tiveram que encontrar formas de continuar comprando o que precisavam, mas sem sair de casa. E foi neste cenário de incertezas que o setor de e-commerce mais cresceu nos últimos 20 anos.
Portanto, todos os negócios tiveram que se adaptar para enfrentarem este período de pandemia. Quem não possuía um braço no online, foi obrigado a criar da noite para o dia. Porém, muitas empresas já estavam com o pé no online.
É o caso da loja Belly Home Moda Gestante. Segundo a proprietária da loja:
“O fato de vendermos online além da loja física, foi fator decisivo para sobreviver na fase mais crítica da pandemia.”
Pandemia puxa e-commerce para cima
Com essa mudança de hábito forçada, em que consumidores passaram a comprar mais pela internet, grandes reflexos foram provocados na economia do país.
Além disso, a cada ano este setor econômico registra resultados cada vez mais expressivos.
Porém, apenas no primeiro semestre de 2020 é que as vendas virtuais encerraram o período com um grande marco em 20 anos, registrando 47% de crescimento.
Relatório Ebit | Nielsen
Prova disso é que de acordo com relatório semestral do e-commerce, o Webshoppers edição 42, realizado pela Ebit | Nielsen, o aumento do faturamento nas vendas virtuais no primeiro semestre deste ano foi estritamente estimulado pelo total de 90,8 milhões de pedidos. Ou seja, uma alta de 39% em comparação a igual período de 2019.
Contudo, o relatório também aborda o tipo de comportamento dos consumidores que compram pela internet. Isso inclui o ticket médio dessas compras.
O estudo indicou ainda que houve um crescimento de 6% no total gasto por pedido. Sendo assim, ele passou de R$ 404 nos primeiros seis meses de 2019, para R$ 427 no mesmo período de 2020.
Para a líder da Ebit | Nielsen, Julia Avila:
“O que mais impulsionou o crescimento nesse período foi o aumento de pedidos, em grande parte, das categorias online, sendo que as mais importantes, como, por exemplo, eletrônicos e eletrodomésticos, já têm um ticket médio mais alto.”
Momento atual do país
Entretanto, a executiva também atribui o bom resultado das vendas no e-commerce em razão do momento atual do país:
“A tendência de crescimento [nas vendas online] já vem ocorrendo nos últimos anos, porém, por conta da pandemia, tivemos um aumento de intensidade.”
Opinião dos lojistas
Os lojistas já visualizam um movimento mais positivo no comércio eletrônico. E quem não possuía uma extensão virtual precisou rapidamente entrar neste universo, além de ampliar seus estoques, maior número de nota fiscal eletrônica, mais colaboradores e melhorar seu atendimento e o pós-venda.
Datas comemorativas de fim de ano
Mas não se pode esquecer que os bons resultados do primeiro semestre em que a pandemia puxa o e-commerce para cima pode ser ampliado com a chegada do fim do ano. Neste mês ocorre um dos eventos mais esperados do ano: a Black Friday. Muitos consumidores esperam a data para comprar produtos de real interesse, aproveitando até para presentear entes queridos no Natal com um grande desconto.
*Foto: Divulgação