Aconteceu mês passado um leilão de portos no Pará, onde o governo federal arrecadou R$ 450 milhões.
Empresas como Ipiranga, Raízen, Ultra e a estatal Petrobras foram as principais vencedoras. Ao todo, foram leiloados seis terminais portuários. O principal objetivo da instalação desses terminais é poderem realizar a movimentação de granéis líquidos, dentre eles, os combustíveis.
As companhias que deram os maiores lances arrendaram cinco áreas no porto de Belém (PA), já em funcionamento. Também foi arrendado o terreno do porto de Vila do Conde, ainda a ser construído.
O contratos de arrendamento podem valer de 15 a 25 anos, inicialmente, mas que podem ser renovados no máximo até 70 anos. Além disso, o negócio vai injetar investimento de R$ 420 milhões para os portos. O leilão gerou ao governo federal uma arrecadação total de R$ 448 milhões.
DETALHES DOS ARREMATES
A empresa Ultracargo protagonizou o maior lance do evento, arrematando o porto de Vila do Conde por R$ 180,5 milhões. O valor oferecido pela companhia ofuscou completamente suas concorrentes Petróleo Sabbá (da Raízen) e a Cattalini Terminais Marítimos.
O terminal Vila do Conde é o único dos portos ainda a ser construído, portanto demandará maior investimento. Além disso, o local deve ser o novo centro de distribuição de combustíveis, atualmente situada no porto de Belém.
Pelo terreno poder abrigar grandes navios e atender a demanda de combustível da região Norte, ele será um porto estratégico.
LEILÕES NO ESPÍRITO SANTO E PARAÍBA
O certame portuário de março foi dominado pelas empresas que distribuem dos combustíveis. Prova disso foi o arremate de quatro áreas em portos do Espírito Santo e Paraíba. A disputa foi vencida por um consórcio composto pelas empresas Ipiranga, Raízen e BR (da Petrobras).
PRÓXIMOS LEILÕES
Os próximos certames ainda não têm data marcada, porém já estão em fase de elaboração. O TCU ainda analisa o arrendamento dos terminais de Porto de Suape e outros estão em estudo, localizados em Santos e Itaqui.
O governo pretende lançar em breve o edital de mais três terminais a serem leiloados. Dois deles estão situados em Porto de Santos e outro no Porto de Paranaguá, com arrecadação de capital de cerca de R$ 400 milhões.
Um plano já anunciado pelo atual governo federal dará um prazo maior em relação à privatização de companhias docas. A primeira delas que pode deixar de ser estatal é a Codesa, no Espírito Santo. O BNDES será o responsável por contratar uma equipe para estudar este caso.
De acordo com o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, alguns governos estaduais já manifestaram interesse em participar do pacote em que outras companhias docas poderão ser privatizadas.
*Foto: Divulgação