Pé de meia para as férias é fundamental para se fazer o que deseja no fim do ano
Com um ano turbulento diante de uma pandemia global, eleições polarizadas e um cenário econômico incerto, com inflação e juros altos, fazer um pé de meia para as férias é fundamental. Com isso em mente será possível poder descansar uns dias no fim do ano, ou se divertir bastante onde quiser. Confira neste artigo como conseguir este feito.
Pé de meia para as férias
Apesar de falta pouco para encerrar mais um ano, ainda é possível fazer um pé de meia para as férias. Isso porque não é necessário viajar logo de cara para as festas de fim de ano e sim curtir dias de descanso nos primeiros dias de janeiro, por exemplo.
A seguir, confira dicas de especialistas em finanças pessoais.
Como poupar para o fim do ano?
Para uma viagem especial é preciso ter planejamento.Os economistas e especialistas em investimentos André Schneider, da Warren, e Rodrigo Correa, da BS Investimentos, ensinam estratégias que podem ser aplicadas no dia a dia para fazer um cofrinho rechonchudo nessa reta final.
Priorize dívidas
Em primeiro lugar, caso tenha dívidas, utilize seu 13º salário para quitá-las. Isso porque em seguida poderá se dedicar ao planejamento de um viagem com os recursos que sobrou, exolica André Schneider. Além disso, a ação tem efeito psicológico: quando não há preocupações com parcelas, dá para visualizar as entradas e dividir os gastos com mais facilidade, alerta o economista.
“Sanando os débitos, a gente consegue avaliar melhor o que sobra, ver as condições do salário e aproveitar a diversão de acordo com o que cabe no orçamento. A quitação das dívidas libera a renda total.”
Pesquise preços
Pense nos programas que deseja fazer a dois, com a família ou amigos e pesquise os preços o quanto antes. Ou seja, para visualizar os gastos que podem surgir. Buscar o preço de passagens, lazer, hospedagens e alimentação no local vão ajudar a descobrir o quanto é necessário poupar.
“Quando a gente sabe o quanto a gente pode gastar, a gente tende a não extrapolar! Se, por exemplo, eu gastar mais na acomodação, eu economizo no jantar, ou o contrário. Dá para aproveitar priorizando aquilo que a gente consegue.”
Black Friday
Por outro lado, há um consenso entre os estudiosos de finanças pessoais sobre as compras da Black Friday: impulsos podem levar a más aquisições. Sendo assim, a primeira regra da Black Friday é adquirir apenas o que já estava no planejamento. O ideal é monitorar, com antecedência e constância, os preços dos produtos que estão na lista de necessidades.
Mas, se encontrar uma boa oferta na Black Friday, de fato vantajosa perante aos preços anteriores, aí sim vale a pena comprar — especialmente se for com um dinheiro extra, no caso de quem já está com a primeira parcela do 13º na mão.
O décimo-terceiro salário
O recebimento de uma boa quantia como o 13º torna o momento excelente para começar a poupar dinheiro. Schneider recomenda o inpicio com essa fatia maior, além de um depósito que consiga ser mantido mensalmente.
“Com o 13º salário e um percentual da renda, ao invés de pagar juros, você vai receber juros. Eu recomendo primeiro construir uma reserva de emergência. É excelente saber que se algo acontecer, a reserva está lá, sem existir nenhum transtorno financeiro. A partir do momento que temos uma reserva, não dependemos do dinheiro.”
Pequenos gastos
Claro que saídas para um almoço num restaurante que goste, uma cerveja com os amigos são presentes merecidos por todo o trabalho que desempenha. Então, não é necessário cortar de seu orçamento. Entretanto, por conta de algo que queira mais neste momento – suas férias – reduzir esses pequenos gastos do dia a dia ou até mesmo suspendê-los por um curto espaço de tempo, podem impactar de modo positivo a quantia planejada para a viagem de fim de ano. É o que explica o especialista Rodrigo Correa:
“Pequenos gastos acumulados como um café, um refrigerante, levar comida de casa ao invés de comer na rua, salão de beleza, serviços de streaming (uma opção é ter um só, em vez de vários ao mesmo tempo), academia não frequentada podem fazer a diferença. Um refrigerante de R$ 7 todos os dias, considerando cinco dias de trabalho, são R$ 35 por semana. Em um mês, são R$ 140. Isso pode significar um passeio a mais.”
Priorize o débito
Por fim, geralmente, o cartão de crédito possui mais benefícios do que o de débito. Porém, podem levar o consumidor a gastar mais do que deveria. Correa aconselha então o uso do débito para visualizar a disponibilidade do saldo diariamente.
*Foto: Reprodução