Política Nacional de Inovação parte para consulta pública

política nacional de inovação parte para consulta pública

Consulta pública para setor de inovação tem o intuito de estruturar as ações do governo federal para os próximos 10 anos

Uma consulta pública foi lançada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O objetivo é contar com contribuições para a proposta da Política Nacional de Inovação. A consulta ficará disponível para sugestões e comentários pelo período de 40 dias. Quem quiser deixar sua opinião, basta acessar um site especial que foi criado para receber as respostas.

Objetivo da Política Nacional de Inovação

A ideia é que a política voltada à inovação estruture as ações do governo federal para os próximos 10 anos do setor. A nova política visa a estimulação e promoção do desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas à melhoria de atividades econômicas e de serviços públicos.

Conforme texto divulgado, a nova política deve:

“nortear, orquestrar e acelerar os esforços em ciência, tecnologia e empreendedorismo no país de forma a convertê-los em soluções inovadoras para os principais desafios e necessidades da sociedade brasileira e assim contribuir para a melhoria da qualidade de vida de cada brasileiro, para o crescimento da produtividade e da competitividade da nossa economia e para uma relação mais harmônica com o planeta”.

Consulta Pública

A pesquisa de inovação consulta uma série de desafios sobre a área de inovação. A primeira parte diz respeito aos atuais níveis do setor, considerados “relativamente baixos”. Ainda de acordo com o texto:

“As empresas brasileiras inovam muito pouco se comparadas aos padrões internacionais de países avançados – fato que se reflete nas participações muito limitadas nos registros de patentes internacionais. A maior quantidade de inovações realizadas está ligada à importação e adaptação de tecnologia advinda de outros países.”

Desafios

Outra questão a ser enfrentada é a falta de coordenação entre instituições, principalmente entre a produção de conhecimento em universidades e sua aplicação em companhias.

Além disso, também existe uma limitação de recursos na área, que geralmente fica concentrado nas entidades públicas. Em países mais ricos, a prática é contrária, e os aportes vêm majoritariamente do setor privado.

Portanto, a política deverá se basear em uma série de diretrizes, entre elas: impulsionar bases de conhecimento para inovação; difundir uma cultura de inovação e de empreendedorismo; garantir fomento para área de desenvolvimento tecnológico; fomentar mercados para produtos e serviços brasileiros, além de melhorar os instrumentos jurídicos ligados ao setor.

Por fim, a proposta de política traz uma série de ações dedicadas a confirmar essas diretrizes. Entre as quais: expandir a infraestrutura de pesquisa; facilitar o processo de concessão de patentes; incentivar conhecimentos científicos abertos disponibilizados em plataformas digitais; promover a criação e desenvolvimento de startups; valorizar criadores e desenvolvedores brasileiros; e fomentar o aumento do investimento privado em pesquisa e desenvolvimento.

Fonte: Folha de Pernambuco

*Foto: Divulgação