Os planos de previdência privada são constantemente alvo de críticas dos especialistas em finanças pessoais. Junto à poupança, são títulos que rendem abaixo do CDI e se tornam menos interessantes, e com taxas administrativas abusivas.
Um plano de previdência que não consegue superar os ativos de renda fixa de um plano CDI deve ser trocado. Para isso, basta conversar com o gerente do banco ou corretora financeira onde foi contratado o serviço e buscar opções.
O cliente também deve ficar atento ao longo prazo desse título e que se precisar sacar antes, poderá perder uma quantia significativa pelo desconto do imposto de renda.
Em que momento se deve trocar o plano de previdência
Os que querem trocar o plano de previdência e substituir por uma opção mais rentável, deve ficar atento aos rendimentos. Uma forma de saber o real lucro do produto é verificar os dados mensais divulgados pela própria instituição financeira. Este informativo contém o histórico de rendimentos além de um gráfico que compara a rentabilidade da previdência em relação do CDI.
A praticidade de verificar as informações em um único arquivo facilita a tomada de decisão. Ao final da análise, se for constatado que o produto rende abaixo do CDI, o investidor pode escolher outra opção.
Uma mudança que gere um rendimento similar ao CDI é uma aplicação no Tesouro Direto. De acordo com especialistas, o grande problema de encontrar fundos de previdência privada mais atrativos são as altas taxas de administração cobradas pelas instituições.
IR – aja com cautela
Quando o rendimento não está bom, também tem que pensar se vale a pena sacar o fundo de imediato. O motivo do cuidado é saber exatamente qual é a alíquota de IR que seria descontada neste caso. Para os planos de tributação regressiva, o porcentual de IR é iniciado em 35% para os dois primeiros anos de aplicação. Nesta situação, investidor não deve mexer na aplicação por pelo menos 10 anos, quando a alíquota cai para 10%.
Já na tributação progressiva, a o porcentual de IR é de 15%, comparado a outros fundos de investimento. Aos que estão perto de se aposentar não seria considerado interessante sacar o dinheiro antes. Uma solução aos futuros beneficiários do INSS é solicitar a portabilidade da quantia para outro plano de previdência do mesmo banco ou de outra instituição financeira.
O cliente pode procurar o gerente e saber quais opções mais rentáveis de fundo de investimento pode obter. Caso não fique satisfeito com as possibilidades, pode trocar de instituição. De acordo com analistas do setor, encontrar uma alternativa que já renda mais de 1% que a anterior já vale a pena a mudança.
O investidor sempre pode questionar qual o melhor produto de aplicação de acordo com suas possibilidades. O gerente não costuma ir atrás do cliente, é o contrário.
Quem não souber a real margem de IR que pagaria ao sacar o dinheiro antes do previsto, pergunte ao gerente. Um modo de obter esta informação é questionar o gerente quanto de IR seria descontado do plano de previdência se sacasse hoje para comprar um imóvel, por exemplo.
Taxas que valem a pena
Uma boa notícia aos que optam pelo saque é que alguns bancos já não cobram mais taxa de carregamento para o resgate. Quem aplica em título de renda fixa, a taxa administrativa não deve ser superior a 0,5% para que valha a pena. Já em um plano de previdência de multimercado, o ideal é uma taxa de 2% para obter ganhos significativos.
Planos antigos
Aos que possuem um plano de previdência considerado bastante antigo não seria bom optar pela troca. Muitos deles garantem renda vitalícia aos aposentados frente aos mais recentes que oferecem renda temporária por até dez anos.
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