O mundo dos investimentos é bastante amplo e agrega desde aplicações feitas por empresas, como também por pessoa física.
Cada caso deve ser analisado, entendendo as vantagens e desvantagens da melhor opção, se é fundo de renda fixa ou variável, e assim por diante.
Um dos investimentos que ainda está em fase de entendimento e expansão no Brasil é o private equity.
Às vezes, pode ser confundido com o venture capital, que diz respeito a investimentos em empresas que já apresentam faturamento. Porém, ainda operam no negativo, ou seja, os resultados da companhia ainda não foram suficientes para quitarem o investimento inicial de sua fundação.
Os fundos de private equity, em sua essência, são recursos investidos diretamente em uma empresa mais madura.
PRIVATY EQUITY NA PRÁTICA
As aplicações são feitas em companhias que já estejam desenvolvidas e já com certa consolidação no mercado em que atua. Ou seja, com fluxos de caixas positivo.
Ele está associado a Fundos de Investimento em Participações, que depende de qual o tamanho da empresa a ser investida.
Além do private equity e venture capital, também existe o seed money, que diz a respeito aplicar recursos em uma companhia em fase inicial de negócios.
Em relação ao private equity, ele é um fundo de baixa liquidez, desempenhado por um público restrito. Pois é necessário que a empresa ou pessoa física possua mais de R$ 1 milhão em investimentos. Geralmente, é voltado a profissionais especializados no assunto, seja pessoa física ou jurídica.
Entre os tipos de investidores, encontramos: agências de fomento, bancos de desenvolvimento, familly offices, fundos de pensão e investidores estrangeiros.
É comum neste negócio haver um investimento em uma determinada empresa em que tenha gestores especializados em lidar com esses fundos de investimentos, gerando crescimento, e consequentemente, lucro. Após essas etapas, a mesma companhia pode ser vendida a um preço muito maior do que investimento inicialmente depositado.
Este cenário pode levar anos até finalizar com a venda do negócio, por isso essa opção de investimento é considerada de longo prazo.
RISCOS E TRIBUTAÇÃO
Mesmo que um dos objetivos do private equity seja o de investir em empresas que já tenham um fluxo de caixa positivo, existe o risco de essas corporações virem a quebrar ou apresentarem um baixo retorno aos seus investidores.
Além disso, é importante entender que esta modalidade de aplicação possui o mesmo valor em tributos do que uma renda variável em sua totalidade. Portanto, a alíquota de Imposto de Renda praticada tanto para a venda ou resgate de cotas é de 15%.
SETOR DE INFRAESTRUTURA EM DESTAQUE
Para esta faixa restrita de investidores em fundos de private equity, um setor que tende a crescer são os projetos de infraestrutura.
O grupo carioca Angra Partners possui uma carteira de R$ 1,5 bilhão em empresas desse nicho de mercado. Entre elas, a Rocha e a Cattalini, ambas operam em terminais portuários.
Em paralelo, o grupo atua na gestão de captação de fundos, focada no setor de infraestrutura. Alberto Guth, sócio-fundador da Angra, afirma que os riscos e particularidades do mercado de investimentos atribuem desafios aos seus participantes.
Para Guth, é natural que as empresas queiram investir quando a economia está caminhando bem, ou seja, estável. Porém, quando o período não está bom, como em casos de crise, os investidores tendem a reduzir as aplicações.
Conforme entrevista dada por Alberto Guth ao jornal O Globo, o empresário conclui:
– Aqui, quando a economia vai bem, todo mundo investe. Quando vai mal, eles se retraem. Há segmentos de mercado que estão extremamente arranhados e vão demorar a voltar a procurar esses investimentos. No Brasil, dada a falta de tradição, o private equity dá muito mais trabalho. Mas acredito que a lógica do private equity vai perdurar.
*Foto: Divulgação