Tecnologia na saúde pode ser de grande ajuda, uma vez que há uma sobrecarga desses profissionais; produtividade pode ser melhorada digitalmente, reduzindo custos e oferecendo um cuidado de qualidade
A medidicna, além de exigir mais avanços no campo da saúde, também é preciso estar atrelado ao universo tecnológico, uma vez que a inteligência artificial é de grande valia para o setor, por exemplo.
De acordo com dados da consultoria global Ernst & Young (EY), entre os principais desafios da medicina brasileira estão a resistência na adoção de tecnologia, a falta de investimentos, a retenção da força de trabalho e o aumento da incidência de burnout e depressão entre os profissionais da área.
Outros pontos de alerta a serem enfrentados na tecnologia na saúde
Além disso, a pesquisa revelou que 11 países evidenciaram que há outros pontos de alerta entre os trabalhadores do segmento para que a tecnologia na saúde funcione de fato. São eles:
- a falta de autonomia (42%);
- a sobrecarga de trabalho (38%);
- e as preocupações relacionadas à segurança do paciente (27%).
Portanto, há a necessidade da busca por alternativas que ajudem a mitigar essas lacunas que afetam diretamente o atendimento àqueles que mais necessitam de cuidado: os pacientes.
Digitalização como aliada
Tidavia, o alto volume de demandas, e um tempo cada vez mais escasso para o atendimento e a falta de ferramentas assertivas são questões que podem refletir em quedas de produtividade. E isso também eleva os custos e diagnósticos imprecisos. E na paralela, os médicos e enfermeiros ainda enfrentam o excesso de informações disponíveis e a dificuldade para filtrar os melhores insumos, que de fato sejam relevantes.
Recursos
Sendo assim, o setor tecnológico deve contar com recursos e ferramentas que mantenham o corpo clínico atualizado com os mais recentes conhecimentos, procedimentos e recomendações clínicas. Desse modo, também é precisotomar decisões assertivas para oferecer um serviço de qualidade ao paciente.
Saúde dos profissionais
Á em relação à saúde desses profissionais, há um estudo da Associação Paulista de Medicina (APM), realizado em 2022, que diz que a maioria dos médicos atua por mais de 50 horas semanais, sendo que 24% deles afirmaram que muitas vezes ultrapassam o limite de 60 horas ou mais.
A mesma pesquisa revela que essa sobrecarga gera efeitos diretos no bem-estar desses colaboradores, sendo que quase 27% deles não praticam atividade física e 30% consomem medicamentos de modo contínuo. Entre as doenças que atingem esse público foram relatados distúrbios de sono (44%), cefaleia (30%) e distúrbios psicológicos (22%).
Uso de ferramentas
É preciso impulsionar a aplicação de ferramentas que se ajustem aos fluxos de trabalho atuais e que aliviem a alta demanda exercida por esses profissionais, seja na parte administrativa ou nos consultórios. As soluções de suporte à decisão clínica (SDC) cumprem esse papel e com isso as equipes passam a padronizar seus processos de comunicação com base em informações confiáveis, aperfeiçoando as decisões ligadas ao cuidado e reduzindo a variabilidade clínica. Além disso, como consequência desse processo, otimiza-se os custos e o fluxo de caixa das instituições.
Saúde cada vez mais digital
O avanço tecnológico tem se mostrado expressivo na área da saúde. Em 2023, 41% das empresas do setor aumentaram os investimentos em Tecnologia da Informação (TI), revelam dados da TechTarget.
Por fim, o setor de saúde e seus profissionais enfrentam inúmeros desafios diários. Contudo, com o investimento em tecnologias e informações corretas, o segmento tende a evoluir significativamente quanto aos resultados dos processos clínicos e, consequentemente, na entrega do atendimento que proporcione o melhor cuidado para a saúde da população.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/doutor-do-conceito-do-futuro_111629012.htm#fromView=search&page=1&position=7&uuid=5ea9e07b-3891-4dcc-a1c7-c4e084c33059