5 tecnologias essenciais que podem mudar vidas em 2023, mas que precisam ser melhor compreendidas
A tecnologia é um recurso incrível para muitas pessoas e diferentes finalidades. Além disso, entre os avanços que foram realizados nos últimos tempos, podemos citar a medicina e o desenvolvimento na automação industrial. Sendo assim, corre-se menos risco de perder tempo em atividades rotineiras.
Tecnologias essenciais
Neste artigo, você vai conhecer cinco tecnologias essenciais que podem mudar nossa rotina, mas que ainda tem muitas pessoas que não conhecem. De acordo com uma lista que Bernard Marr, pela Forbes, preparou, são cinco desenvolvimentos inovadores em tecnologia que despontaram nos últimos 10 anos. Porém, elas ainda não são tão bem compreendidas. Portanto, ter uma linguagem simples e direta é fundamental para evitar equívocos sobre cada uma delas. Confira a seguir.
1 – Inteligência Artificial (IA)
A Inteligência Artificial, talvez, seja uma das tecnologias essenciais mais incompreendidas e também aquela que gera bastante ansiedade. Isso porque não se trata de construir robôs que um dia vão tirar nossos empregos ou nosso planeta. Vai além disso.
O termo “inteligência artificial”, como é usado hoje em tecnologia e negócios, geralmente se refere ao aprendizado de máquina learning (ML). Ou seja, os programas de computador (ou algoritmos) que, em vez de precisarem ser instruídos explicitamente sobre o que fazer por um operador humano, são capazes de se tornar cada vez melhores em uma tarefa específica à medida que a repetem continuamente e são expostos a mais dados. Um exemplo disso é o AlphaGo, uma inteligência de máquina que se tornou o primeiro computador a derrotar um campeão humano no jogo de Go. Go é um jogo em que há mais movimentos possíveis do que átomos no universo. Portanto, seria muito difícil programar um computador para reagir a todos os movimentos possíveis que um jogador humano pudesse fazer. É assim que os computadores de jogos programáticos convencionais, como os computadores de xadrez, funcionam. No entanto, ao ensiná-lo a jogar Go e tentar estratégias diferentes até vencer, atribuindo maior peso a movimentos e estratégias que ele descobriu terem uma chance maior de sucesso, ele efetivamente “aprendeu” a vencer um humano.
Por outro lado, uma década atrás o entendimento da maioria das pessoas sobre IA era diferente. Pensavam vir da ficção científica, como aqueles robôs dos filmes: “2001”, franquia “Matrix” ou “Star Trek”, revela Marr.
“Os robôs fictícios e as máquinas inteligentes nesses programas geralmente eram mostrados como capazes do que chamamos de “IA geral” – o que significa que eles poderiam ter praticamente todas as facetas da inteligência natural (humana ou animal) – poderes de raciocínio, aprendizado, tomada de decisão e criatividade – e realizar qualquer tarefa que eles precisassem fazer.”
A IA (ou ML) do mundo real de hoje é quase sempre conhecida como IA “especializada” (ou fraca/estreita) – capaz apenas de realizar os trabalhos específicos para os quais foi criada. Exemplos: combinar clientes com itens que eles podem querer comprar (mecanismos de recomendação).
2 – Computação quântica
Ter uma compreensão de baixo nível da computação quântica geralmente requer conhecimento da física quântica que está além de qualquer um que não tenha estudado o assunto academicamente.
Entretanto, em um nível superior, também há muitos equívocos comuns entre as tecnologias essenciais atuais. Os computadores quânticos não são simplesmente computadores muito mais rápidos do que os computadores “clássicos” comuns. Estes computadores não substituirão os clássicos porque são melhores apenas em uma faixa estreita de trabalhos muito especializados. Isso geralmente envolve a resolução de problemas matemáticos muito especializados que normalmente não surgem como requisitos de computação de negócios do dia-a-dia. Tais problemas incluem simulação de sistemas quânticos (subatômicos) e problemas de otimização (encontrar a melhor rota de A para B, por exemplo, quando há muitas variáveis que podem mudar).
Contudo, a área da computação cotidiana em que a computação quântica pode substituir a computação clássica é a criptografia. Neste caso, proteger as comunicações para que não possam ser hackeadas, a criptografia quântica segura. Isso porque há temores de que algumas das proteções criptográficas mais avançadas usadas para segurança no nível do governo possam ser derrotadas trivialmente por computadores quânticos no futuro. Todavia, também não vai deixar você rodar o Windows mais rápido ou jogar Fortnite com gráficos melhores.
3 – Metaverso
Vale destacar aqui o termo metaverso pode ser familiar para pessoas que leram o romance distópico de ficção científica de 1992, Snow Crash, de Neal Stephenson. Mas o conceito só se tornou popular em 2021 após a alteração de nome do Facebook para Meta, pois diversos artigos o associaram a ideias encontradas no romance que virou filme com foco em realidade virtual (VR em inglês) Ready Player One. Porém, hoje, o conceito não é exclusivo do VR.
4 – Web3
Web3 refere-se a outra ideia para a evolução do “próximo nível” da internet, mas que está relacionada a conceitos envolvendo descentralização, tecnologia blockchain e criptomoedas. Marr explica que isso é confuso uma vez que existe outro grupo de ideias, chamado de “web 3.0”, proposto por Tim Berners-Lee – o homem muitas vezes referido como o pai da World Wide Web. Sendo assim, como o termo “metaverso”, tanto web3 quanto web 3.0 se referem ao que a internet pode evoluir. E cada uma delas descreve coisas diferentes.
Mas tenha em mente que uma internet orientada para o metaverso poderia ser executada nos princípios da web3 – descentralizada – porém, não necessariamente precisaria ser. Do mesmo modo, uma internet web3 poderia ser organizada como um metaverso (com imersão e avatares como recursos principais). Entretanto, novamente, não precisaria ser. Portanto, as ideias são visões compatíveis com o que a internet pode se tornar, mas não estão necessariamente relacionadas.
5G
Lançada no ano passado, a quinta geração de internet móvel (5G) trouxe uma série de mal-entendidos. Isso inclui preocupações sobre seu possível impacto na saúde. Isso porque muitas pessoas temiam que ondas de rádio de alta potência emitidas por telefones ou mastros transmissores pudessem levar a problemas de saúde, incluindo câncer. Por outro lado, centenas de estudos feitos em todo o mundo por governos e organizações de pesquisa independentes não conseguiram mostrar nenhuma evidência de que isso seja verdade.
Assim também é um equívoco comum pensar que o 5G é uma peça única de tecnologia ou padrão que foi implementado e agora estamos apenas esperando para ver os resultados, que serão principalmente uma internet mais rápida em nossos telefones. Na verdade, a quinta geração de internet móvel é um padrão em evolução. A maioria de sua infraestrutura existente hoje depende de uma forma mais lenta de 5G, que efetivamente “pega carona” na infraestrutura 4G LTE existente. Porém, é verdade que o 5G “autônomo” está sendo implementado gradualmente, o que permitirá atingir todo o seu potencial nos próximos anos. Isso incluirá permitir que muito mais usuários se conectem dentro de uma geografia física limitada, como um shopping center ou estádio esportivo. Por fim, isso eliminaria em teoria os problemas de conectividade que geralmente acontecem em locais densamente povoados.
*Foto: Reprodução