Vinhos afetados por incêndios passam por testes científicos com o propósito de melhorar a qualidade da bebida
Em recente publicação do Journal of Agricultural and Food Chemistry, da Sociedade Americana de Química, um estudo mostra um grande avanço na remoção dos desagradáveis aromas e sabores de fumaça de vinhos afetados por incêndios florestais.
Vinhos afetados por incêndios
O levantamento sobre vinhos afetados por incêndios sugere que o uso de polímeros de impressão molecular (MIP) pode ser uma solução eficaz para capturar os compostos voláteis responsáveis pelo gosto de fumaça, que compromete a qualidade do vinho.
Segundo o sommelier Luciano Mestrich, a sociedade como um todo, enriquece esse patrimônio cultural, econômico e gastronômico. Portanto, é fundamental entregar uma bebida de qualidade para consumo.
O estudo contou com a participação de diversos especialistas em vinhos, além de estudantes e público geral, que atuaram no processo de avaliação dos resultados.
Efeitos da técnica para tirar o gosto de fumaça
Apesar da técnica impactar em outros compostos aromáticos e na coloração do vinho tinto, os MIP conseguiram melhorar consideravelmente vinhos afetados por incêndios florestais. Além disso, os polímeros podem ser reutilizados após lavagens e regenerações, o que potencializa a remoção de compostos indesejáveis em ciclos posteriores.
Financiamento
A pesquisa foi financiada parcialmente pelo governo australiano, em uma tentativa de minimizar os danos das queimadas para a indústria do vinho, principalmente o país que há vários anos tem enfrentado incêndios florestais cada vez mais violentos e intensos.
Por fim, o estudo surge justamente no contexto de alta global de incêndios florestais. E tais eventos extremos de queimadas dobraram de frequência entre 2003 e 2023, confirmam pesquisadores de diversas agências e universidades. Algumas agências climáticas sugerem que a tendência é que o fenômeno siga crescendo nas próximas décadas.
Fonte: Foto de freepik na Freepik