7 maus hábitos podem prejudicar seu intestino

7 maus hábitos

Maus hábitos incluem a ingestão de pouca água, vida sedentária, comer fast food e viver sempre estressado, por exemplo

Beber pouca água, não praticar atividade física, comer fast food e viver sempre estressado, estão entre os maus hábitos que prejudicam a vida das pessoas no dia a dia. Além disso, tais ações podem gerar problemas para a saúde cardiovascular e a saúde mental, por exemplo. A seguir, você vai conferir sete maus hábitos que podem prejudicar também seu intestino.

Maus hábitos para o intestino

No caso do intestino, ele é prejudicado também. E o órgão é como se fosse nosso “segundo cérebro”. Isso porque ele possui terminações nervosas e uma conexão com o nosso sistema nervoso, que é importante para regulação de diversos processos, como a produção da serotonina e absorção de nutrientes.

A seguir, confira sete maus hábitos que prejudicam seu intestino.

1 – Sedentarismo

A pessoa sedentária nem imagina, mas a relação está muito mais associada à saúde intestinal. Isso porque o sedentarismo compromete a motilidade intestinal, como são chamados os movimentos que o intestino faz, aumentando o risco de prisão de ventre.

Além disso, a inatividade também contribui para o acúmulo das fezes e a proliferação de bactérias patogênicas ou “do mal”, que podem causar doenças no organismo. Lembrando que neste caso, ele também está associada à Síndrome do Intestino Irritável (SII).

De acordo com o médico gastroenterologista Gustavo Menelau,  devido à contração mais intensa dos músculos da parede intestinal na SII, faz com que alguns sintomas apareçam, como dor abdominal, gases, flatulência, sensação de inchaço e diarreia. Porém, pode ser que aconteça o oposto, com contrações intestinais mais fracas que o normal, o que retarda a passagem de alimentos e leva a fezes mais endurecidas.

 Por outro lado, a prática regular de exercício físico aumenta os movimentos da parte final do intestino (cólon) e estimula os músculos abdominais, favorecendo a eliminação das fezes.

O ganho de peso e a obesidade, mais frequentes em pessoas sedentárias, também são prejudiciais ao sistema digestivo, comprometendo a qualidade e a diversidade da microbiota intestinal. É como são chamadas as bactérias que habitam o intestino e que desempenham importante papel na digestão dos alimentos e absorção de nutrientes.

2 – Não administrar crises de estresse

Entre os outros maus hábitos, estão pessoas com crises de estresse podem ter um desarranjo no estômago ou no intestino, com sintomas como diarreia, prisão de ventre, náuseas e vônitos. Isso ocorre quando pelo eixo cérebro-intestino

Em todo o tubo digestivo existem células nervosas (integrantes do sistema nervoso entérico) que se comunicam com o cérebro (o sistema nervoso autônomo).

O estresse também gera alterações químicas e neurológicas nesse eixo, interferindo na motilidade e permeabilidade intestinal, provocando alterações do hábito intestinal (como constipação e diarreia).

3 – Beber pouca água

Nem sempre ingerimos a quantidade de água por dia e isso pode acarretar na ida pessoa ao banheiro, por exemplo. A água é responsável pela umidificação do bolo fecal, reduzindo a consistência das fezes, tornando-as mais macias e facilitando sua saída.

Portanto, a ingestão insuficiente de água, associada a outros fatores, pode levar ao ressecamento das fezes e, consequentemente, contribuir para a piora ou o desenvolvimento de constipação.

4 – Consumir muito alimento ‘fit’

Difundido como um alimento saudável pela indústria alimentícia e bastante consumido por quem quer emagrecer e pratica atividade física, o termo “fit” se origina da palavra “fitness”, que significa “estar em boa forma física”.

Assim, os alimentos considerados “fit” prometem saciedade com pouco ganho calórico, dizem ser integrais, sem glúten, sem lactose. Entretanto, oferecem pouca diversidade nutricional —o que é importante para o bom funcionamento do intestino.

Além disso, alguns desses produtos ainda apresentam em sua composição farinhas refinadas, gordura vegetal, açúcares, altas taxas de sódio e aditivos químicos como conservantes, que têm impacto negativo na microbiota intestinal.

O consumo frequente desses alimentos, associado à baixa ingestão de fibras, também favorece um quadro de desequilíbrio entre bactérias benéficas e patogênicas, o que pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas.

5 – Excesso de adoçantes

O uso de adoçante na produção de alimentos e bebidas tem crescido principalmente devido ao seu baixo valor calórico, baixo custo e maior poder de doçura em comparação ao açúcar tradicional.

Por outro lado, segundo alguns estudos, a ingestão de adoçantes como sacarina, sucralose, aspartame e stevia provocam alterações na microbiota intestinal.

Apesar de ainda não haver consenso sobre quais são as mudanças e o que eles causam. Porém, já se sabe que há, sim, interferência, e que mais estudos precisam ser feitos para avaliar os reais impactos desses ingredientes na saúde intestinal.

Além disso, pessoas suscetíveis a distúrbios gastrointestinais também devem ficar atentas ao consumo de alguns adoçantes, pois eles são fermentados pelas bactérias intestinais e podem causar diarreia, gases, desconforto e distensão abdominal.

Neste caso, é fundamental fazer um aconselhamento médico e nutricional para realizar uma transição correta dos alimentos açucarados para os sem açúcar com adição de adoçantes, quando e se for recomendado.

6 – Abusar das frituras

Consumir frituras em excesso poder bastante prejudicial à saúde, por serem fontes de gorduras. Portanto, a alta ingestão das saturadas afetam a microbiota intestinal, tanto em animais quanto em humanos, reduzindo a diversidade e a riqueza de microrganismos importantes para o organismo.

Além disso, alimentos gordurosos submetidos a elevadas temperaturas possuem substâncias nocivas, com potencial cancerígeno, que agridem a mucosa do trato intestinal. E comer muita fritura também provoca uma digestão mais lenta e promove o acúmulo de água do intestino. E isso tudo cria condições para aumentar a formação de gases, dor abdominal e diarreia.

7 – Comer alimentos processados e fast-food

Os alimentos processados, junto com fast-food, apresentam maior quantidade de calorias e altos níveis de sódio, carboidratos, gorduras e aditivos químicos (adoçantes, aromatizantes, corantes, entre outros) e ainda um baixo valor nutricional.

Por isso, o consumo frequente desses alimentos provoca um desequilíbrio da microbiota intestinal, aumentando a quantidade de bactérias patogênicas e reduzindo o número das “do bem”.

Esse desequilíbrio resulta na perda da integridade da camada mais superficial do intestino, aumentando o risco de passagem de substâncias tóxicas para o organismo, o que gera inflamação crônica e eleva o aparecimento de desconforto abdominal.

A digestão desses alimentos também costuma ser mais lenta, podendo levar à sensação de empachamento.

Veja dicas para manter o intestino saudável:

  • Inclua frutas, legumes, verduras e gorduras boas em sua alimentação, pois são fontes de fibras e micronutrientes importantes para o funcionamento adequado do intestino;
  • Opte por cereais integrais (aveia, farinha de trigo integral, arroz integral, milho, cevada) no lugar dos refinados (farinha e arroz brancos). Caso prefira os refinados, adicione vegetais para aumentar a quantidade de fibras. Ex: sanduíche de pão branco com salada crua;
  • Sempre que possível, evite o consumo de alimentos ultraprocessados, excesso de gorduras, carne vermelha, sal e o uso indevido de adoçantes dietéticos. Prefira alimentos naturais de maior valor nutricional e melhor digestão;
  • Trabalhe para manejar o estresse. Buscar ferramentas como terapia, meditação e contato com a natureza pode ser benéfico;
  • Mexa-se. Pessoas que praticam atividade física regularmente apresentam uma maior diversidade bacteriana em comparação com indivíduos sedentários;
  • Não iniba a vontade de ir ao banheiro e não passe muito tempo no vaso enquanto lê ou fica no celular. Evacuar normalmente é importante para a manutenção da saúde intestinal.

*Foto: Reprodução