Por que o empreendedor solo deve pedir ajuda?

por que o empreendedor solo deve pedir ajuda

Por não ser especialista em determinada função, muitas vezes o empresário deve pedir ajuda a assuntos burocráticos, por exemplo

O empreendedor que não possui um pequeno quadro de funcionários, às vezes, tem que recorrer a serviços de freelancers ou de softwares para que seu negócio não fracasse.

Esta é a realidade de 53% dos brasileiros que resolvem se transformar em seus próprios chefes. As informações da Global Entrepreneurship Monitor foram baseadas em dados de 49 países.

Por que o empreendedor solo deve pedir ajuda?

O empreendedor solo não pretende contratar funcionários pelos próximos cinco anos, segundo esta pesquisa da Global.

O Brasil é o primeiro no ranking em relação a este tipo de empreendedorismo. Neste caso, a situação econômica é um dos principais motivos para estes empresários trabalharem sozinhos.

Os que perderam o emprego fixo acabam tendo coragem de abrir o próprio negócio. No entanto, a falta de planejamento pode acarretar na falência da empresa. Portanto, é importante que o empreendedor tenha em mente que ela precisa suprir determinadas áreas em que não domina.

Um recurso que pode ser usado é fazer cursos em assuntos que não entende ou contratar serviços pontuais. Atualmente, a tecnologia é um grande aliado do empresário.

É possível se especializar em uma área por cursos de capacitação online ou presencial também. Sem contar que o empreendedor solo também pode terceirizar serviços.

Terceirizar serviços

É o caso da nutricionista Juliana Lima, 33 anos, que toca sozinha a doceria Petite Fabrique Pâtisserie, em São Paulo. Ela recorre aos serviços de designers para elaborar os menus de seu site. Já em relação à parte burocrática, decidiu pagar por uma consultoria contábil. Além disso, fez cursos de gestão no Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Em declaração à Folha de S. Paulo, Julia disse:

“Há muita romantização do empreendedorismo, e dizem que a melhor coisa do mundo é ser o próprio chefe e ter o horário flexível. Mas, no geral, lidar com o negócio é complicado, porque não temos preparo sobre legislação ou conteúdos básicos de economia. Isso faz muita falta”.

O empresário solo não precisa ser expert em tudo que realiza no dia a dia em sua companhia. Porém, é importante que ele entenda do trivial para conseguir gerenciar o próprio negócio. O que não dominar, não precisa ter vergonha de pedir ajuda. Ao contrário, ele deve procurar auxílio.

Ter as rédeas do negócio

No caso de Juliana, por não dominar a parte burocrática de sua doceria se viu num impasse em que teve gastos extras. Ao descobrir que o nome de sua empresa estava sendo usado por outra. Ela teve que contratar advogados para regularizar toda situação e por isso hoje prefere terceirizar os serviços que não são ligados a doces.

Caso semelhante aconteceu com a cerimonialista e locutora Malu Pontes, dona da companhia Casa das Vozes. Por trabalhar de seis a sete horas com gravações e mais três horas com assuntos burocráticos, Malu já chegou a esquecer de pagar boletos e sofreu processos por inadimplência. Hoje, ela prefere gastar R$ 250 por mês para pagar os serviços de um software de gestão financeira. O sistema organiza todos os pagamentos dos freelancers que ela contrata. Por semana, ela atende de 15 a 20 clientes. Seu faturamento gira em torno de R$ 55 mil a R$ 70 mil por mês.

Mas ela não parou por aí e decidiu se especializar em outras áreas, fazendo cursos online. Sendo assim, hoje Malu também faz o marketing de sua empresa e posta constantemente e suas redes sociais. Segundo a cerimonialista, não adianta ter um bom serviço se as pessoas não o conhecem. Sua linguagem nas mídias sociais é irreverente, o que faz que com se conecte mais a seu público-alvo.

Pedir ajuda

Em um momento de decisões complicadas, como fazer um investimento, por exemplo, Julia pede ajuda a familiares e amigos. Ela não descarta contratar funcionários futuramente. No entanto, hoje, não tem uma demanda de que não consiga dar conta. Além disso, os pedidos não são suficientes para que ela tenha uma folha de pagamentos.

Atualmente, em média, ela vende 5.000 doces por mês e só em 2018, faturou R$ 190 mil.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação