A revolução da LawTechs chega ao Judiciário brasileiro

a revolução da lawtechs chega ao judiciário brasileiro

Não é de hoje que o Poder Judiciário necessita otimizar todos seus trâmites e isso envolve a área de tecnologia. Portanto, a chegada de empresas do setor legal torna o departamento jurídico mais eficaz e menos burocrático. As LawTechs já são uma realidade no páis.

O trabalho destas companhias já surte efeito. As alterações não são poucas e vão desde emendas constitucionais até a aprovação para um novo Código de Processo Civil.

LawTechs chega ao Judiciário brasileiro

Mesmo assim, o trabalho destas empresas não são o bastante para conter erros do passado. Porém, os passos dados até o momento fazem de sua chegada ao Judiciário uma hora bastante promissora para sua revolução.

A maior parte dessas companhias são startups ligadas ao desenvolvimento de tecnologia e inovação. Elas são capazes de proporcionar, por exemplo, a geração de documentos, facilitar o acesso a dados, diminuir o número de litígios, facilitar o acesso a dados, além de apoiar o trabalho de juízes, promotores e advogados. Consequentemente, a combinação de tudo torna os processos mais inteligentes.

Números assustadores

Hoje, o Brasil apresenta em torno de 80 milhões de processos em tramitação. Este indicativo é assustador. Só os custos com os litígios mencionados acima são responsáveis por 1,4% do PIB. O prazo que se demora a dar uma decisão em primeira instância sobre esses casos vai de seis meses a dois anos. Já durante o processo de execução, em sua etapa final, o tempo médio pode chegar a seis anos.

Neste sentido, é que o trabalho das LawTechs é de extrema importância. Somente no ano passado, o setor teve alta de 240%. O campo de atuação é diverso e estabelece um grande potencial para este mercado que vem surgindo com mais força.

Acordos

As LawTechs focadas na facilitação de acordos consegue promover uma conciliação entre as partes. Com isso, se ganha tempo e reduz muitos custos advocatícios. As empresas acabam conquistando clientes no que diz respeito a esclarecer muito bem as informações que abrangem este tipo de processo. Por exemplo, se souberem quanto vale em média a indenização concedida em ações semelhantes as que estão envolvidas.

O dever das empresas de setor legal é fazer com que estes trâmites fiquem mais inteligentes a partir das informações captadas. Sendo assim, até o juiz é ajudado desta forma com o intuito de encerrar o quanto antes a ação.

Falta de comunicação

Outra vantagem das LawTechs é conseguirem disponibilizar uma melhor integração entre dados produzidos pelos diferentes tribunais e instâncias. Por incrível que pareça, é comum que os sistemas de um tribunal não se comunicarem com o de outros.

Todavia a solução das empresas do setor legal para esta questão foi a criação de interfaces mais eficientes. Com isso, haverá uma interação em os sistemas de diferentes tribunais.

Inteligência artificial

As LawTechs já estão mais adiantadas que o Judiciário em relação ao uso de inteligência artificial e os aprendizados desta tecnologia. Além disso, seu benefício também alcança o setor público.

GovTech

Surge assim o tema “GovTech” que tem o intuito de transformar a política pública brasileira. Sobretudo, qual a função da tecnologia no que diz respeito à melhoria dos serviços públicos do país. É algo que as LawTechs precisam responder cada vez mais.

No entanto, elas também dependem do apoio dos poderes Judiciário e Executivo para continuarem a oferecer cada vez mais inovação a esses setores.

 

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação