Taxa de rejeição ao PIX vem da inserção de dados incorretos para as transações, como CPF ou CNPJ errados, afirma Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na última quarta-feira (18) que a taxa de rejeição de operações no sistema de pagamentos instantâneos PIX ficou entre 6,5% e 6,7% no dia 17, contra 9% na segunda-feira (16), dia do lançamento da plataforma.
Taxa de rejeição ao PIX
Campos Neto disse em evento virtual organizado pelo Itaú BBA, que esses percentuais com a rejeição ao PIX, comparados e percentuais de rejeição de 5%, são usualmente vistas em transferências do tipo DOC.
O porquê da rejeição
Ele afirma ainda que essa taxa de rejeição tem a ver com a inserção de dados incorretos para as transações. Isso inclui: CPF ou CNPJ errados. Além disso, Campos Neto voltou a dizer que, fora os problemas dessa natureza, a máquina de liquidação do PIX não apresentou instabilidade ou caiu em nenhum momento. Isso tudo sem contar que na terça-feira foram realizadas quase dois milhões de operações.
“De uma forma geral, a gente tem sido surpreendido pelo lado positivo de todas as formas (com o PIX). Nós entendemos que é um processo que vai avançar bastante nos próximos dias.”
Ele ainda complementou:
“Nós entendemos que todo sistema como esse no começo, nessa parte de encontro de dados, ele apresenta alguns problemas. Isso tende a melhorar à medida que as pessoas cadastrem mais chaves, que os negócios usem mais chaves.”
Pessoas ainda não cadastraram as chaves de acesso
Todavia, de acordo com o presidente do BC, a taxa de rejeição ao PIX também ocorre porque ainda tem pessoas que não cadastraram suas chaves. Neste caso, a necessidade de inserção das informações abrirá espaço para mais erros.
“Pra quem tem chave, o processo está muito melhor, muito mais rápido.”
Quais chaves podem ser cadastradas
Para quem ainda não cadastrou as chaves no PIX elas podem ser feitas o uso do número de celular, CPF, CNPJ ou e-mail. Sendo assim, as chaves são cadastradas pelos usuários junto aos bancos que ofertam pagamentos ou transferências via PIX. Segundo Campos Neto, quase 75 milhões de chaves já foram cadastradas no país.
As chaves não são obrigatórias
Apesar das chaves não serem obrigatórias, o BC acredita que elas conferem agilidade ás transações e acabarão sendo predominantes, como um novo futuro dos meios de pagamento. Vale lembrar, que sem as chaves, os usuários sempre terão de informar seus dados bancários, principalmente em DOCs e TEDs, que é necessário informar o CPF de quem receberá o dinheiro.
24 horas por dia
Outra vantagem do PIX é que ele funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. Além disso, seu custo operacional é expressivamente mais baixo para as instituições que o de modalidades já consolidadas no mercado, como transferências de TED ou DOC, além de pagamentos por cartões de crédito e débito. O BC afirma que o custo do PIX é de 1 centavo para 10 transações.
Pessoa física
Por fim, as operações de pessoa física para pessoa física são gratuitas. Mas desde que realizadas por meios eletrônicos.
Já as compras realizadas por cidadãos com o PIX também não podem ser tarifadas.
Entretanto, os bancos poderão taxar as transações com PIX realizadas entre empresas. E isso tanto na ponta do pagador quanto do recebedor.
*Foto: Divulgação