Microsoft comprar a Netflix: quais são as chances?

Microsoft comprar a Netflix

Possibilidade de a Microsoft comprar a Netflix surge após o acordo recente associado a anúncios; e analistas sinalizam que a gigante de tecnologia possui potencial para adquirir a plataforma de streaming

Recentemente, ao anunciar uma parceria com a Netflix para uma nova versão do serviço de streaming com anúncios, a Microsoft não só ganhou um cliente, mas também alimentou rumores que surgiram muito antes do negócio. Neste caso, uma possível aquisição da plataforma de streaming pela gigante da tecnologia. Segundo Laura Martin, analista do banco de investimentos Needham & Company, esse movimento é possível.

Vale lembrar que em junho de 2021 já havia sido noticiado que a Microsoft poderia se tornar a “netflix dos games“, por conta de um dispositivo via computador em nuvem.

Microsoft comprar a Netflix pode ser uma realidade

Além disso, ao portal Yahoo, Laura Martin afirmou que pode estar em curso um plano maior por trás desta da ação de a Microsoft comprar a Netflix. Ela ainda destacou que nenhuma outra empresa que atua direta ou indiretamente com a Netflix teria capacidade de aportar os quase US$ 100 bilhões necessários para o negócio.

Em dados do dia 18 de julho, o valor de mercado da empresa chega a US$ 92 bilhões com queda de mais de 60% das ações. Já em janeiro, a Microsoft pagou o equivalente a US$ 68,7 bilhões pela Activision Blizzard, uma das maiores desenvolvedoras de games do mundo. A compra planejada inclui franquias icônicas como “Warcraft”, “Diablo”, “Overwatch”, “Call of Duty” e “Candy Crush”.

Mas afinal de contas por que a Netflix poderia ser vendida?

Os rumores sobre a venda da plataforma se intensificaram após os resultados apresentados em abril deste ano. Na ocasião, a empresa reportou, pela primeira vez, que perdeu mais de 200 mil usuários apenas no primeiro trimestre de 2022. Sobre isso, Reed Hastings, cofundador e co-CEO da Netflix, cogitou a possibilidade de que a empresa criasse uma versão com anúncios.

Fadiga do streaming

Por outro lado, o que acontece com a Netflix neste momento, e com a indústria do streaming em geral, é o que os especialistas estão chamando de “fadiga do streaming”. O fenômeno criou uma instabilidade no modelo de negócios e já é comum nos Estados Unidos. Segundo pesquisa recente da Deloitte, conforme as projeções mundiais para 2022, a previsão é de que mais de 150 milhões de pessoas deverão cancelar alguma assinatura. Prova disso é que a taxa de rotatividade entre plataformas vem aumentando e, hoje, gira em torno de 30%.

De acordo com Ralf Germer, CEO da PagBrasil:

“Fadiga de streaming é um fenômeno de sobrecarga causado pelo excesso de assinaturas de serviços de streamings, como filmes e séries, que vem sendo percebido principalmente nos Estados Unidos, mas que já se reflete em outros países, como o Brasil.”

Por fim, para ele, os usuários estão preferindo ter mais experiências de produto ou serviços que sejam mais personalizados. Sendo assim, cada vez menos pessoas estão escolhendo gastar seu tempo zapeando no streaming para saber qual filme ou série vão querer assistir.

*Foto: Reprodução