Ajuda psicológica a empreendedores integra estudo da aceleradora de inovação corporativa Troposlab em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
O impacto do novo coronavírus no setor PME foi grande. Isso porque, por trás de pequenos negócios com receitas abatidas pela pandemia resultou em empreendedores mais ansiosos e com a saúde mental impactada.
Ajuda psicológica a empreendedores
Esta é a conclusão de um estudo da aceleradora de inovação corporativa Troposlab em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A pesquisa revela que houve uma procura de 30% em relação à ajuda psicológica a empreendedores de pequenos negócios no Brasil. Além disso, o mesmo índice afirma que esta foi a primeira vez que eles procuraram apoio psicológico.
Como foi o estudo
O estudo ouviu 300 empreendedores do país, avaliados por uma equipe especializada em saúde. Sendo assim, a conclusão é que, além de terem buscado mais ajuda psicológica, os empresários também sentiram na pele os efeitos da pandemia. Além disso, aproximadamente 11% dos entrevistados doram diagnosticados com depressão, e mais da metade (53%) dos empreendedores receberam o diagnóstico de ansiedade.
Cenário de assistência de saúde ao público empreendedor
No entanto, esta é a segunda vez que a empresa procura mapear o cenário de assistência de saúde ao público empreendedor. Nesta edição recente da pesquisa, a Troposlab sianliza que teve uma piora no estado de saúde mental dos empresários brasileiros. A pesquisa também identificou um aumento de 10% no número de pessoas que passaram a usar remédios psiquiátricos, em uma parcela de 26% dos entrevistados.
A atual edição do estudo constatou ainda que o início de uso de ansiolíticos entre empreendedores saltou de 6% para 10%, e de antidepressivos de 3% para 8%, em relação a 2020.
Relação direta
Com isso, há uma relação direta entre os resultados do estudo e a queda no desempenho econômico dos pequenos negócios durante a pandemia. É o que afirma a sócia e diretora de cultura e times da Troposlab, Marina Mendonça.
“No geral, é possível observar que empreendedores que reportam queda na renda também estão classificados com mais frequência com sintomas moderados e severos de ansiedade ou depressão. Em relação ao estresse, pessoas que respondem que tiveram queda na renda também apresentam mais sintomas severos.”
Efeitos persistem mais nas mulheres
O estudo pontua que as mulheres enfrentam efeitos mais severos em termos de saúde mental. As empresárias possuem sintomas mais graves de ansiedade, estresse e depressão quando comparadas aos homens. No caso da ansiedade, a porcentagem de empreendedoras mulheres com sintomas mais agudos é quase 10 vezes maior do que de homens.
Por fim, os resultados estão de acordo com uma pesquisa do banco Goldman Sachs que revela que as empreendedoras brasileiras são as mais afetadas pelos efeitos negativos da pandemia, do lado econômico ao psicológico.
*Foto: Divulgação