Coronavírus faz bolsa abrir a semana em queda de mais de 2%

coronavírus faz bolsa abrir a semana em queda de mais de 2%

Durante as primeiras horas desta segunda-feira (27), a bolsa paulista operava em um tom negativo, aliado à praças acionárias no exterior, que é um reflexo de preocupações com as últimas notícias do surto de coronavírus, que teve origem na China e já infectou mais de 2.700 pessoas e matou 81.

Após as 10h da amanhã, o Ibovespa sofreu queda de 2,345, com  115.602,97 pontos.

Reflexos do coronavírus

Já o dólar era negociado em alta acentuada contra o real hoje, ultrapassando os R$ 4,21, conforme os movimentos de aversão a risco em todo o planeta em meio aos temores sobre a rápida disseminação do coronavírus, originário da China. Mortes decorrentes da doença chinesa

Mortes decorrentes da doença chinesa

O número de óbitos, em virtude da doença semelhante a uma gripe, subiu para 81 hoje. Com isso, o governo chinês estendeu o feriado do Ano Novo Lunar e grandes companhias fecharam as portas na intenção de conter a propagação do coronavírus no país.

Até o momento, o índice total de casos confirmados na China cresceu em aproximadamente 30%, passando a 2.744 registros. Porém, alguns especialistas da área de saúde suspeitam que este número de pessoas infectadas seja maior ainda. O vírus da doença já chegou em mais de dez países, o que inclui Estados Unidos, França, Austrália e Cingapura.

Em nota, a empresa Correparti Corretora afirmou:

“Hoje, os mercados financeiros globais exibem um tom majoritariamente negativo. A rápida disseminação do coronavírus continua mantendo o investidor avesso ao risco.”

Já a XP Investimentos soltou um comunicado onde menciona preocupações geradas pelo impacto econômico da enfermidade sobre a segunda maior potência econômica global, à medida que as atividades no país são suspensas, e ainda destacou a diminuição da liquidez, em virtude ao feriado do Ano Novo Lunar na Ásia.

Coronavírus – mercados internacionais

Já nos mercados internacionais, a aversão a risco do coronavírus estimulava o dólar norte-americano contra boa parte das divisas arriscadas, como as moedas: iene chinês, dólar australiano, peso mexicano, lira turca e rand sul-africano. Contra uma cesta de moedas, a divisa dos Estados Unidos operava perto da estabilidade, enquanto recuava ante o iene japonês, considerado uma aposta segura.

Às 9h59 desta manhã, o dólar avançava 0,75%, a R$ 4,2172 na venda. Na máxima do dia, o dinheiro norte-americano chegou a bater os R$ 4,2177, considerado o maior patamar desde o dia 21 de janeiro.

Durante a última sessão, a divisa dos EUA encerrou em alta de 0,45%, a R$ 4,1856 reais na venda, registrando a quarta semana seguida de ganhos.

O principal contrato de dólar futuro subia 0,8% neste pregão, a R$ 4,217.

Fonte: Revista Exame

*Foto: Divulgação