Cultura maker diz respeito a fazer, testar e corrigir rapidamente e consta hoje de um dos assuntos do curso Leading the Future, parceria da Forbes com SingularityU
As principais habilidades que compõem a cultura maker estão: a colaboração e as soluções encontradas por meio da experimentação.
Curso
Esta é a ideia apresentada no curso Leading the Future parceria entre a Forbes e a SingularityU, afirma Ricardo Cavallini, professor e fundador da consultoria Maker. O curso começa no dia 7 de março.
“Na velocidade com que as empresas precisam inovar, não dá para relegar a tarefa a uma só pessoa ou só um departamento: você vai precisar de colaboração.”
Em entrevista à agência Forbes, ele explica como pensam os makers, a importância de incentivar a experimentação na educação e como a tecnologia revolucionou os modelos de produção em escala.
O que é cultura maker?
A cultura maker diz respeito a uma comunidade que tem usado as novas tecnologias para criar novas soluções. Mas Ricardo questiona sua importância para os líderes. E ele mesmo responde que a colaboração é algo muito forte na cultura maker e que para as empresas hoje é essencial.
Além disso, há outras questões como prototipagem, que tem a ver com entregar rápido, fazer MVPs (Minimum Viable Product) e tudo mais.
O professor também explica que a diversidade e a multidisciplinaridade são muito presentes nesta cultura e cada vez mais relevantes nas empresas. E não é só pela questão social. Mas também pela questão de inovação e oportunidade de carreira a seus funcionários. Ter pessoas com histórico de vida diferente, com visões de mundo diferentes, é fundamental para inovar.
Transição para inovação tecnológica
Pelo fato de as coisas mudarem rápido demais, uma empresa não pode mais ficar cinco anos, por exemplo, trabalhando em um produto novo. Isso porque após este período, muito provavelmente, esse produto nem fará mais sentido.
Além disso, a mudança não é só de tecnologia, mas também de comportamento do consumidor. Portanto, fazer um MVP, o mínimo produto viável para testar, para a partir daí criar as novas adaptações e melhorar para lançar o produto final. Prototipar para errar rápido. Ou seja, é testar e avaliar.
Cotidiano da cultura maker em equipe
Anos atrás, Ricardo recorda que o Brasil chamava quem estava na internet de internauta, pois era um elemento diferente. Atualmente, esta denominação não faz o menor sentido.
Sendo assim, a história do maker é a mesma coisa. Neste caso, porque á medida que mais pessoas se tornam makers, essa definição não faz mais sentido.
Maker na educação
O movimento já está em andamento. No Brasil, inclusive, há iniciativas de compra de impressoras 3D para escolas públicas. Mas, claro que as escolas privadas começam antes este processo. Na real, começou primeiro nos colégios bilíngues, uma vez que elas já vinham com isso lá das escolas norte-americanas.
Embora o ritmo seja lento ainda é preciso ter mente que os profissionais que estão entrando agora nas empresas, muitos deles estudaram programação na escola. Então, para as próximas gerações é possível ter uma quantidade de profissionais que entendem de impressão 3D, eletrônica, programação, etc.
Internet das Coisas e tecnologias como a impressão 3D
Contudo, quando se fala em Internet das Coisas, é preciso pensar que será tão forte ou mais que forte que a própria internet, revela professor Ricardo. Já em relação à impressão 3D, ele acha é um capítulo à parte.
“A impressão 3D permite criar formatos que não são possíveis nos métodos tradicionais. Há produtos que ficaram 95% mais leves. Isso vai destravar a inovação no mundo. Mais do que isso, vai destravar também a necessidade de escala, porque hoje, nos métodos tradicionais de produção, para que você tenha um preço razoável, você precisa produzir uma quantidade brutal de unidades.”
*Foto: Unsplash