Geração Z deve aproveitar a mudança constante de mercado para estudar remotamente, como um diferencial em uma oportunidade de emprego
Para os nascidos entre 1995 e 2005, a famosa Geração Z, teve mais contato com ensino à distância durante a pandemia de Covid-19. É o que revela a pesquisa da PRAVALER, uma fintech de soluções financeiras. Segundo o levantamento, 80% desses jovens tiveram seu primeiro contato com tecnologias educacionais EAD durante o período de isolamento social.
Geração Z a passos lentos
Apesar de ser uma geração com acesso à tecnologia, a pesquisa revelou que eles ainda caminham em passos lentos em termos de educação online. Mesmo que também estejam mais abertos a oportunidades relacionadas ao mercado de trabalho, ainda existe a necessidade de compreender que o ensino remoto é a chave para construir e aperfeiçoar cada vez mais a carreira profissional.
Motivos
Embora a Geração Z seja mais conectada que outras, elas se desinteressam pela educação online por não haver contato social, praticamente. Para o CEO da HeroSpark, Nilson Filatieri, mais do que a falta de interação humana, ele acredita que existe a necessidade de ter um ambiente apropriado para uma rotina de estudos:
“O local de estudo será fundamental para que o jovem tenha estímulo para o estudo online.”
Ele ainda ressalta que com um mercado de trabalho competitivo, possui uma graduação já não é mais o bastante:
“Hoje, terminar a graduação apenas não basta. Participar de cursos de curta duração, MBAs, cursos técnicos e outras formas de especialização faz com que o profissional tenha uma linha de atuação mais definida.”
Dificuldades de contratação
Um estudo feito pela Gama Academy, o Tech Jobs Report, indica que 66% das 55 empresas mapeadas em todo o Brasil enfrentam dificuldades na contratação de profissionais. Isso porque falta qualificação técnica dos candidatos. No entanto, os cursos de menor duração, focados em tecnologia, podem resolver esta questão. E muitos deles ocorrem em formato virtual.
Educação online
A educação online conta com a vantagem do aprendizado contínuo, o que permite um maior direcionamento na carreira do jovem da Geração Z.
“Além disso, complementar seus conhecimentos pode abrir muitas portas no mercado de trabalho, já que a demanda maior é justamente por profissionais especializados e focados em determinadas áreas.”
Além disso, cursos EAD não são mais uma questão de opção por parte dos estudantes, explica o CEO:
“O uso das novas tecnologias já faz parte da vida dessas novas gerações fora da sala de aula. Por isso, a sua aplicação em benefício de um maior aprimoramento na carreira profissional é um caminho fundamental para trilhar um futuro brilhante.”
HeroSpark
Filatieri complementa ainda que só neste ano a HeroSpark teve mais de 3,5 milhões de alunos em quase 50 mil cursos criados:
“Notamos essa tendência de novas matrículas neste ano. Se compararmos aos outros anos, tivemos um aumento significativo na procura por qualificação online. A pandemia, certamente, trouxe à tona a necessidade de nos qualificarmos constantemente.”
Realidade atual
Portanto, o especialista conclui que esta geração deve enfrentar o final de carreiras, diminuição de salários e benefícios:
“Penso que o mercado de trabalho mudou e permanecerá em mudança na medida que encontrarmos mais complexidade e incerteza do que no passado. Isso certamente será normal até o fim da pandemia. Quando mais preparado estiver esse profissional, melhores serão suas chances de sucesso no longo prazo.”
*Foto: Divulgação
