Gestão de fortunas deve acolher fintechs que devem crescer com personalização de produtos e serviços
Recentemente, um terço dos brasileiros trocou ou avaliam substituir nos próximos três anos seus provedores de serviços financeiros em wealth management. Foi o que constatou um levantamento do EY Global Wealth Survey, conduzido pela EY em 26 países.
Segundo o estudo, os Millenials (entre 24 e 40 anos) e os Gen X (entre 41 e 56 anos) no Brasil são as gerações mais propensas a mudanças na gestão de fortunas. Já de modo global, 39% dos superricos (com patrimônio de até US$ 100 milhões), planejam fazer essa troca.
Gestão de fortunas miram fintechs
Contudo, nestas possíveis transições de gestão de fortunas, as fintechs devem captar a maior parte dos clientes. O índice já é de 57% dos respondentes, indicando a preferência por estas empresas. Em seguida, aparecem os consultores independentes, que devem ser usados por 48% dos participantes na pesquisa.
Para Daniella Cury, diretora-executiva da EY Brasil, esses clientes buscam facilidade e comodidade na gestão de seus patrimônios. Mas, que ainda não pretendem abrir mão de uma consultoria profissional para a tomada de decisão. Por outro lado, que pode perder espaço nesta nova configuração de mercado são os bancos comerciais (38%) e as instituições full-services (50%).
Wealth management
Ainda sobre o estudo, ele aponta uma mudança na preferência dos clientes em wealth management. Esta alteração é amparada pela demanda por serviços e produtos personalizados, com soluções dedicadas aos objetivos financeiros dos usuários.
Já entre os fatores que mais impactam na escolha pelos provedores estão:
- a transparência na cobrança de tarifas (33%);
- qualidade e reputação (33%);
- capacidade de assessoria (32%);
- e atenção individual (32%).
Daniella complementa:
“Esse cliente quer cada vez mais agilidade e transparência, falta um pouco para as instituições dessa conversa aberta. Quem informa de maneira simples e transparente acaba levando esse cliente.”
Por fim, os brasileiros entrevistados disseram que nos próximos três anos planejam incluis na gestão de suas fortunas investimentos em venture capital (22%), commodities e derivativos (20%), além de produtos alternativos (17%).