Primeiro aporte de recursos foi captado em julho deste ano
A Fazenda Futuro, fabricante de produtos à base de carne vegetal está virando aposta de investidores. Em julho, ela recebeu seu primeiro aporte de recursos para expansão dos negócios. O dinheiro veio da companhia brasileira Monashees, que é focada em capital de risco. Recentemente, a empresa foi avaliada em US$ 100 milhões.
Investidores apostam em negócio da Fazenda Futuro
Os investidores que promoveram o aporte, depositaram uma parte no valor de US$ 8,5 milhões, além de ter participação de 8,5% na Fazenda Futuro. Além disso, fora a Monashees, a transação também envolveu a companhia Go1it Capital.
Sobre isso, o sócio-fundador da Fazenda Futuro, Marcos Leta, disse à Reuters na ocasião:
“Como o Brasil é um dos maiores exportadores de carne do mundo, queremos ser um nome global deste mercado. É quase obrigação nossa”.
Forte concorrência
No entanto, o negócio enfrentará forte concorrência do setor. A Seara, pertencente a JBS, também se rendeu à comercialização de carne vegetal. Já a BRF analisa a possibilidade de retornar ao mercado vegetariano. Além disso, outros países acabam se tornando rivais diretos da Fazenda Futuro. São elas: as californianas Beyond Meat e Impossible Foods, e ambas já captaram milhões de dólares em recursos.
Número de vegetarianos e veganos no Brasil
De acordo com a SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), acredita-se que tenha 30 milhões de brasileiros que se consideram vegetarianos. Desse total, sete milhões se declaram veganos, aqueles que não ingerem qualquer tipo de produto de origem animal.
Distribuição do aporte da Fazenda Futuro
Com o dinheiro arrecadado, a Fazenda Futuro pretende acelerar no prazo de um ano seu planejamento de desenvolvimento empresarial. Isso envolve a capacidade de produção de toneladas mensais, que hoje é de 150 e querem expandir para 550 toneladas no decorrer de um ano e meio. Todavia, a ampliação não seria suficiente ainda para fazer com que seus produtos estejam em pé de igualdade de valor ou preços menores em relação à carne bovina.
Para que esta igualdade aconteça seria preciso alcançar uma capacidade de 1.000 a 1.200 toneladas por mês. Com isso, seria possível atingir ganhos de escala e de margem para sua comercialização, de acordo com Leta.
Objetivos
A Fazenda do Futuro seu negócio nas redes de varejo, mais precisamente em clientes como o Carrefour, GPA e Makro. No entanto, a companhia também tem expandido seus produtos no mercado de fast foods. Prova disso é que no mês de maio, a empresa fechou um acordo com a rede de massas Spoleto, que possui hoje 350 lojas em território nacional. O mote da parceria destinado à venda de carne moída e almôndegas de base vegetal.
Leta ainda ressalta que 65% do foco está depositado no varejo e o restante no food servisse. E finaliza dizendo que querem expandir esta categoria de um modo organizado. Isso inclui, por exemplo, expor os produtos da empresa em freezers dos pontos de venda literalmente ao lado dos itens de carne bovina.
De acordo com dados da própria Fazenda Futuro, hoje ela marca presença em quase 2.000 estabelecimentos no Brasil. Sua maior participação é concentrada nas regiões Sudeste e Sul, e ainda em Brasília e Salvador.
Fonte: Forbes
*Foto: Divulgação