Investir no IPCA ou em juros ainda maiores: inflação e Selic alta faz chegar este momento

Investir no IPCA

Investir no IPCA ou em juros ainda maiores pode ser uma opção diante da inflação

A inflação e a Selic, taxa básica de juros, estão nas alturas. Portanto, neste caso, quem ganhaneste cenário é a renda fixa e os investidores que têm migrado para este tipo de investimento.

Investir no IPCA ou em juros ainda maiores

Além disso, no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da Anbima, a renda fixa foi responsável por R$ 89,1 bilhões (84,7%) do volume total de captações do mercado financeiro, com potencial de acréscimo de R$ 19,7 bilhões decorrentes de ofertas ICVM 400 que se encontram em análise.

Por outro lado, na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,62% em março. Esta foi a maior taxa para o mês em 28 anos, antes mesmo da implantação do Plano Real.

Sendo assim, investir no IPCA neste momento pode ser uma boa manobra para suas finanças pessoais.

Última reunião do Copom

Vale destacar ainda que na última reunião do Copom, em março, o Banco Central (BC) elevou a Selic em 1 ponto percentual, para 11,75%. Apesar do presidente do BC, Roberto Campos Neto, ter sinalizado um possível fim do ciclo de aperto monetário em maio, já tem especialista do mercado enxergando a taxa acima de 13,5% ao ano.

Mudança de cenário

Sendo assim, diante deste panorama, fica mais evidente ainda que a renda fixa pode ganhar destaque na carteira dos investidores. Porém, com inflação e juros em patamares elevados, vale mais a pena investir em títulos atrelados ao IPCA ou à Selic?

A seguir, confira o que é melhor.

Investir no IPCA ou inflação?

De acordo com a especialista da Nwxgen Capital, Milena Araujo, diante do atual cenário econômico, a renda fixa está “muito atrativa”.

Ela recomenda dividir o peso dos investimentos. Ou seja, alocar parte do capital no crédito privado e em ativos ligados ao IPCA, e a outra parte em ativos atrelados ao CDI, que é o espelho da taxa Selic.

Nos investimentos do IPCA, o intuito é proteger o poder de compra da inflação. Já na Selic, o objetivo é lucrar em cima dos juros que vêm apresentando um tom mais agressivo nos últimos meses.

Contudo, para especialistas do BTG Pactual e XP Investimentos, com base em suas carteiras recomendadas de renda fixa para abril, a orientação é investir a maior parte do seu capital em ativos que ganham em cima da Selic. São eles: Tesouro Selic, os CDBs, e os LCIs e LCAs.

Tais carteiras do banco e da corretora, consolidadas, mostram uma preferência de 76% por títulos pós-fixados.

*Foto: Reprodução