Janeiro vermelho: dicas para evitar impacto nas finanças

Janeiro vermelho

Janeiro vermelho costuma carregar dívidas do mês anterior, porém, hoje, há um endividamento que afeta 78% das famílias brasileiras

Atualmente, o endividamento das famílias brasileiras afeta 78%. Esta é considerada a maior taxa dos últimos 12 anos. é o que revela dados da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileiras. O levantamento foi elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Neste artigo, você vai conferir 3 dicas de como evitar um janeiro vermelho em suas finanças pessoais.

Janeiro vermelho – inadimplência

Em relação à inadimplência, são 64,87 milhões de pessoas, um novo recorde para a série histórica iniciada há oito anos, segundo informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Por outro lado, os gastos de janeiro já estão muito próximos. De acordo com a educadora em finanças pessoais, Carol Stange, é preciso ficar em alerta desde já para evitar novas dívidas. O primeiro passo para manter a organização financeira e evitar um janeiro vermelho é entender quanto custará cada uma das contas que vencem no começo do ano. IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são algumas delas.

Sendo assim, todos devem ter um planejamento para estes pagamentos. Com isso, podem evitar gastos desnecessários.

Reserva financeira

A profissional explica que uma opção é montar uma reserva financeira com os valores provenientes de uma parte do décimo terceiro, bônus e comissões de final de ano para quitar as contas de janeiro.

“É essa programação quer ajudará o consumidor na conquista de descontos. Por exemplo, em São Paulo, 3% do valor bruto do IPTU é abatido se for pago através da cota única. Se quitado de uma única vez, o IPVA paulista também tem a mesma porcentagem de desconto.”

Imprevistos

Contudo, pode haver imprevistos. Isso porque o brasileiro está acostumado a olhar para essas despesas apenas no início de cada ano. No entanto, elas fazem parte da nossa vida financeira e não podem ser consideradas como imprevistos. Imprevistos são emergências médicas, reparos domésticos que nos pegam de surpresa, eventos que não estão planejados nem previstos em nosso cotidiano. Ou seja, são situações bem diferentes do pagamento de IPVA, IPTU e matrícula escolar.

Confira a seguir três dicas essenciais para facilitar o entendimento das despesas de fim de ano e evitar dificuldades financeiras no próximo ano que vai chegar.

1 – Não tratar despesas fixas como imprevistos financeiros

Como já dito acima, jamais deve-se tratar despesas fixas, como IPVA, IPTU, material escolar, dentre outros, como imprevistos financeiros. Isso porque estes gastos ocorrem todos os anos neste mesmo período.

Na prática, se você tem um carro, o pagamento do IPVA é previsto. Se você tem uma casa, com certeza o carnê do IPTU chegará, e assim por diante. Portanto, encare esta realidade de frente.

2 – Conheça o valor total dessas despesas

Entender de cara o valor real dessas despesas é fundamental para que não se endivide. Portanto, saiba quais são as contas que vencem logo nos primeiros meses do ano. Um jeito de planejar o pgamento delas corretamente para não se ‘perder’ é criar uma planilha de gastos, ela pode ser simples. Nela, você coloca as despesas de início de ano, seus valores, data de pagamento e, se por um acaso, tal valor se repetirá nos meses seguintes.  

Um exemplo prático é: se dividirmos R$ 5.500,00 por 12 meses, isso significa uma poupança mensal específica para essas despesas, de R$ 458,33. Além disso, se o objetivo é ficar livre das despesas de início de ano, a meta já é guardar R$ 458,33 por mês. Transformar os objetivos em metas é um passo de extrema importânia em nossa organização financeira.

3 – Após todos os cálculos, o que devo fazer?

Com todos os cálculos planejados, você pode escolher um investimento conservador. Isso porque quando chegar a hora de pagar estas despesas, você terá dinheiro para pagá-las à vista.  

E não se esqueça, neste patamar que chegou, significa também que terá ganhado algum juros de rentabilidade e deixará de pagar juros de parcelamento no pagamento das contas. Ou seja, é mais dinheiro no seu bolso!

Por fim, agora que você já sabe o que deve fazer, mesmo que não dê mais tempo para executar neste momento, você pode planejar seu janeiro de 2024 de um modo muitíssimo mais leve, basta começar imediatamente. Você verá como é possível fazer tudo isso e ter dinheiro sobrando para realizar alguns sonhos.

*Foto: Reprodução