Prévia da inflação no Brasil faz dólar cair para R$ 5,16

Prévia da inflação no Brasil

Prévia da inflação no Brasil faz também Bolsa subir 2% e tem melhor semana desde outubro

Incitado pela inflação dentro do esperado no Brasil e pelo otimismo externo, o mercado financeiro teve um dia de recuperação na última sexta-feira (23). Na ocasião, o dólar caiu para o menor nível desde o início de novembro, e a bolsa de valores recuperou os 109 mil pontos, obtendo a melhor semana desde outubro.

Prévia da inflação no Brasil

Além disso, com a prévia da inflação no Brasil, o dólar comercial encerrou a sexta-feira vendido a R$ 5,166, com recuo de R$ 0,019 (-0,38%). A cotação operou em queda durante toda a sessão, chegando a cair para R$ 5,12 na mínima do dia, por volta das 12h30. Durante a tarde, a divisa recuperou território, porém, manteve a queda.

Mas, com o desempenho de sexta, a moeda norte-americana fechou a semana com baixa de 2,4%. Sem contar que o dólar acumula queda de 0,69% em dezembro e de 7,35% em 2022.

Ações

Contudo, em relação ao mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.698 pontos, com alta de 2%. O indicador está no maior nível desde 6 de dezembro e foi impulsionado por ações de empresas do setor financeiro e de estatais. Vale destacar que apenas na semana passada, o Ibovespa subiu 6,7%, a maior alta desde a terceira semana de outubro.

Fatores

Tanto fatores internos como externos colaboraram para o alívio no mercado financeiro. No Brasil, a divulgação de que o IPCA-15, índice de prévia da inflação, ficou em 0,52% em dezembro animou os investidores. Isso porque o indicador veio dentro do esperado e confirmou a desaceleração da inflação.

Transição

Além disso, o mercado também segue a repercutir a aprovação da emenda constitucional da Transição com vigência de apenas um ano. A limitação dos efeitos da emenda, que retira até R$ 168 bilhões do teto de gastos em 2023, minimiza o impacto nas contas públicas em relação ao anunciado no envio da proposta, que inicialmente valeria por quatro anos.

Já no exterior, a desaceleração da inflação ao produtor nos Estados Unidos desfez parcialmente o pessimismo dos últimos dias no mercado externo. Ainda na semana passada, houve dados mistos em relação à maior economia do planeta, com o Produto Interno Bruto crescendo mais que o previsto e os pedidos de seguro-desemprego abaixo do esperado.

Por fim, o aquecimento da economia e do mercado de trabalho tinha aumentado as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) mantivesse os juros altos por mais tempo que o previsto. Entretanto, os números da inflação demonstram que o aperto monetário nos Estados Unidos está surtindo efeito. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

*Foto: Reprodução