Trabalho híbrido, segundo levantamento da consultoria Robert Half, é determinante para atrair e reter profissionais em diversos setores
Após um período de dois anos de pandemia por conta da Covid-19, hoje, nas entrevistas de emprego, o modelo de trabalho é um dos primeiros e principais questionamentos feitos pelos candidatos para alavancar sua carreira. Isso porque durante a fase mais restritiva da crise sanitária, a flexibilidade de trabalhar de casa ou de qualquer outro lugar virou prioridade, e muitos candidatos deixam de participar de processos quando as vagas são para trabalho 100% presencial. É o que revela o Índice de Confiança da consultoria Robert Half. No caso, 71% dos recrutadores de empresas avaliam que a flexibilidade é determinante para a atração e retenção de talentos – e 71% dos empregados concordam.
Trabalho híbrido nos dias atuais
Além disso, entre os desempregados, 23% aceitariam apenas em último caso uma proposta de emprego que não oferecesse a possibilidade de trabalhar de forma parcialmente remota.
Portanto, o trabalho híbrido é a preferência de 69% dos profissionais: 35% gostariam de ter a quantidade de dias presenciais e remotos predefinidos e 34% querem flexibilidade para decidir. Mas, apenas 21% preferem o modelo de trabalho totalmente remoto, e somente 10% desejam o trabalho integralmente presencial.
22ª edição do levantamento22ª edição do levantamento
Contudo, a 22ª edição do levantamento, que ouviu mais de mil profissionais, entre recrutadores, empregados qualificados e desempregados, também demonstra que as empresas estão cientes disso. Sendo assim, elas buscam se adequar às necessidades dos candidatos e funcionários. A pesquisa mostra ainda que modelo flexível será adotado este ano por:
- 57% das empresas entrevistadas;
- o 100% presencial, por 32%;
- e o home office, por apenas 5%.
100% presencial
Por outro lado, ao mesmo tempo, CEOs da Apple, Tesla e Disney são alguns dos líderes de grandes empresas que obrigaram seus funcionários a retornar aos escritórios após a pandemia, na contramão do que buscam os empregados hoje.
Híbrido é a chave
No modelo híbrido, a distribuição entre dias presenciais e remotos vai ficar a cargo do gestor ou profissional em 78% das empresas. Enquanto isso, 12% vão fazer divisões entre áreas (finanças trabalha presencialmente, enquanto marketing fica remoto, por exemplo), e outras 10% vão fazer divisão hierárquica (cargos em nível de gestão remotamente, enquanto cargos em nível operacional vão ao escritório, por exemplo).
Vale destacar que a maioria das empresas planeja de dois a três dias por semana no escritório, em linha com os profissionais que preferem o modelo híbrido. Outros 26% gostariam de ter liberdade para escolher.
Por fim, apenas 5% das companhias disseram ainda não ter algo definido em relação ao modelo de trabalho para 2023. No entanto, mais da metade (51%) dos profissionais ainda não foram comunicados sobre a decisão.
*Foto: Reprodução/Unsplash (Paige Cody)
