Escolher outra instituição financeira pode ajudar reduzir juros da casa própria, em vista do atual cenário econômico brasileiro. Este encontra-se favorável à queda na tarifa básica de juros, a Selic. Portanto, os bancos também diminuíram esses ganhos que cobravam, em relação a financiamento de imóveis.
O sonho da casa própria
Agora, fica a cargo da pessoa decidir por qual instituição financiará a tão sonhada casa própria e poder se beneficiar de um alíquota bem mais baixa.
E esta baixa também é benéfica a quem já estava pagando o financiamento de um imóvel, que havia sido contratado a juros nada vantajosos. Com isso, essas pessoas têm o direito de procurar outros bancos e realizar uma portabilidade deste financiamento, ou seja, transferindo o restante do débito a uma instituição financeira que consiga praticar juros mais baixos do que os atuais que está quitando.
Recentemente, o fundador da plataforma de imóveis Resale, Marcelo Prata, declarou ao UOL:
“O momento é ideal para fazer esta portabilidade. Se você contratou um financiamento há quatro anos, por exemplo, em uma época em que a Selic estava alta, vale a pena pesquisar”.
Como pedir a portabilidade para se aproximar da quitação da casa própria
Prata explica que ao tomar a atitude de trocar de banco para conseguir chegar mais perto de ter a casa própria, a pessoa deve pedir à atual instituição financeira um documento que conste todos os dados sobre o financiamento. Isso compreende: quanto tempo falta para saldar a dívida; valor das parcelas e o total que a ser quitado, o chamado “saldo contratual”.
Com isso, o cliente terá acesso ao seu custo efetivo total e este montante é o que interessa de fato. Pois, dele consta os outros gastos do contrato, como seguros e tarifas. De posse deste documento, a pessoa poderá procurar outra instituição que ofereça um negócio melhor.
Como identificar quando é vantagem a portabilidade
De acordo com o professor de economia e negócios imobiliários da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Alberto Ajzental, a pessoa deve pesquisar bem os estabelecimentos para optar pelo que possa oferecer um custo mais atrativo e se for em torno de 0,5% menor do que o banco atual onde paga o financiamento de sua casa própria, já um é algo que vale a pena realizar a portabilidade.
Em relação a quanto vai economizar fazendo esta transferência de dívida, vai depender do tamanho do débito restante e seu respectivo prazo de quitação.
Ele explicou da seguinte forma:
“Em um contrato com saldo restante de R$ 200 mil e 120 parcelas, por exemplo, uma queda de 0,5% representa economia de R$ 6.600”.
Transação de transferência de dívida
Ao definir que vale a pena realizar a portabilidade, basta levar o documento à instituição financeira escolhida e ainda negocie melhores tarifas para o novo contrato. Ajzental ressalta que para isso, não é preciso ir ao banco atual.
Qualquer cliente tem o direito de pedir portabilidade de financiamento de imóvel, segundo determinação do Banco Central. Porém, o valor do débito na nova instituição não pode ultrapassar a dívida do banco de origem. O tempo que resta para quitar o financiamento também não pode ser expandido.
Além disso, nenhuma instituição financeira pode se negar a fazer portabilidade da dívida para outro banco, conforme solicitação do cliente. Sendo assim, por determinação do que consta na lei, a empresa tem até dois dias para passar a operação ao banco de destino ou cinco dias para apresentar uma contraproposta ao cidadão.
Contudo, Prata diz que neste caso, uma contraproposta também pode ser interessante para que o cliente realize o sonho da casa própria.
Pois, há gastos com a portabilidade que incluem exigências que o novo banco possa pedir para aceitar o financiamento, entre os quais: documento de registro de imóvel, laudo de avaliação do mesmo e feito por um profissional, seguro de financiamento e taxa de abertura de crédito. Portanto, estes custos variam conforme a instituição financeira.
Fonte: UOL
*Foto: Divulgação