Pequenas marcas buscam ajuda de influenciadores digitais

pequenas marcas buscam ajuda de influenciadores digitais

Os pequenos influenciadores digitais que possuem até 100 mil seguidores, geralmente conseguem ter um público mais engajado, além de ser uma opção de baixo custo de investimento às pequenas empresas

Os influenciadores digitais têm ganhado bastante visibilidade nos últimos anos. Hoje, eles são contratados para impulsionar campanhas de moda, beleza e até de startups financeiras e empresas de saúde.

O poder dos influenciadores digitais

Para empresas pequenas realizar este tipo de engajamento pode atrair público e ainda fortalecer a marca. Um exemplo disso é o perfil no Instagram da Loja do Estetoscópio, que comercializa equipamentos médicos. No caso, eles recorreram a três influenciadores digitais, de acordo com Lucas Tortelli, diretor da companhia. Com isso, já chegaram atingir mais 600 seguidores com esta ação específica.

Para o diretor, mesmo que a campanha não signifique um alto volume de vendas, o ganho vem em credibilidade e visibilidade.

Recomendação de um influenciador pesa mais

Recomendação de um influenciador digital pesa mais

Contudo, para que este engajamento dê certo é preciso criar um conteúdo que traga resultados, atrelado a uma estratégia de propaganda bem delimitada. Além disso, o nome do influenciador deve estar alinhado com a equipe de vendas. Pois, não adianta escolher um nome para representar a marca que não tenha nada a ver com o que a empresa comercializa, explica a diretora da agência de influência MSL Brasil, Amanda Moreira.

Checar informações dos influenciadores digitais

Antes de contratar um influenciador é aconselhável checar informações sobre ele, como: o número de seguidores, qual o perfil de engajamento, inserir seu nome em um buscador na internet para saber se tem boa reputação online.

Sendo assim, evita-se contratar uma pessoa que pode ser homofóbica ou racista, pois só prejudicaria a reputação da marca. Quem explica isso é Sthefan Berwanger, coordenador da pós-graduação da ESPM.

Outra opção é a própria empresa solicitar esses dados diretamente ao profissional de conteúdo, ou ainda contratar uma agência que faça este tipo de curadoria.

Microinfluenciadores digitais

Um jeito das pequenas e médias companhias adentrarem o universo das campanhas em redes sociais a um baixo custo ou por troca de favores é contratar os microinfluenciadores digitais. Eles costumam ter de 5.000 a 100 mil seguidores em seus perfis do Instagram.

Porém, os que eles não possuem em volume de quantidade de pessoas, conseguem compensar em qualidade. Isso é visto em seu alto engajamento, que automaticamente gera força entre seus seguidores.

Pagamento

Como eles também estão em início de carreira podem aceitar contratos que nem envolvam dinheiro. Nesse caso, estes influenciadores digitais topam como forma de pagamento, ganhar produtos e brindes da marca, conhecer a empresa em questão, etc.

No entanto, nesse tipo de situação, a companhia não pode ter um controle do que foi postado e nem da periodicidade das publicações e de seu conteúdo.

Quando há dinheiro na transação, é aconselhável fazer um contrato estabelecendo exatamente o que a empresa esperar desse profissional. Isso inclui: durabilidade da campanha, número de postagens, quais formatos (foto e vídeo), necessidade ou não de comparecer em eventos da empresa e qual tipo de conteúdo será compartilhado.

Para que não tenha erros, cabe à companhia treinar os influenciadores digitais para que este saiba exatamente o produto ou serviço que está impulsionando. Porém, a empresa não deve limitar a criatividade desta pessoa, pois precisa soar ao público-alvo o mais crível e espontâneo possível.

Startups

A empresa que faz com que os influenciadores digitais vivam a mesma experiência do consumidor pode refletir em uma estratégia autêntica.

É o caso da startup FalaFreud, que presta atendimento psicológico online e que desde o final do ano passado trabalha com criadores de conteúdo que falam de autoestima e bem-estar, nas mídias sociais.

Segundo Luiz Anjos, diretor de marketing da empresa, antes do influenciador iniciar o processo de conteúdo, ele realiza algumas sessões para saber relatar exatamente como sua experiência. “Por ser um serviço novo, é legal ter alguém dando sua vivência”, explica o diretor à Folha de S. Paulo.

A estratégia da startup ainda distribuiu cupons para uma sessão gratuita destinada aos seguidores desses influenciadores digitais. Com isso, a visibilidade da marca aumentou e foi convertida em clientes, afirma a assistente de marketing da FalaFreud, Camila Sena.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação / Zanone Fraissat – Folhapress