Valorização do Ibovespa se fortaleceu por meio do impulso de estatais e boas perspectivas em Nova York, cravando 7% de valorização na semana
O Ibovespa cravou uma semana inteira de ganhos ao fechar em alta de 2,35% na última sexta-feira (21), aos 119.928,79 pontos. sendo assim, conseguiu renovar as máximas desde abril deste ano, ao encostar em 120 mil pontos. Além disso, o índice brasileiro seguiu as bolsas de Nova York que tiveram avanços superiores a 2%, além de receber o impulso das estatais, especialmente da Petrobras.
Valorização do Ibovespa
Entre a segunda-feira (17) e sexta-feira (21), a valorização do Ibovespa foi de 7,01%. Ou seja, a mais alta desde novembro de 2020, quando o índice teve uma alta de 7,42% na primeira semana do mês.
Segundo analistas, as empresas estatais ganharam impulso com a perspectiva de um segundo mandato do atual presidente, Jair Bolsonaro, que possui uma equipe econômica favorável a uma agenda de privatizações.
Na quarta-feira (19), a pesquisa Datafolha indicou que o segundo turno será mais acirrado entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Contudo, o destaque do dia foi a Petrobras, que também avançou em linha com a alta na cotação do petróleo. O barril Brent, referência para a estatal, fechou com ganhos de 1,21%, a US$ 93,50. Na semana, a valorização foi de 2,04%.
Já as ações ordinárias (PETR3) da petroleira subiram 3,41%, a R$ 41,56, enquanto os papéis preferenciais (PETR4) ganharam 3,43%, a R$ 37,72. Com a alta do dia, o valor de mercado da Petrobras atingiu seu recorde nominal, de R$ 527 bilhões.
Nominal porque não se trata do maior valor histórico da companhia, que é medido em dólares. Hoje, o valor é inferior, de US$ 102,19 bilhões. A máxima histórica é de 2008, de US$ 309,48 bilhões.
Destaque negativo
Por outro lado, o destaque negativo ficou por conta da MRV (MRVE3), que recuou 7,18%, a maior perda dentre as sete ações do Ibovespa que fecharam no negativo. A construtora recua em razão da fraca prévia operacional divulgada nesta semana, que reforça a expectativa do mercado de que os resultados da companhia diminuíram muito no trimestre.
Wall Street
Já em Wall Street, o dia foi de forte recuperação após membros do Federal Reserve revelaram preocupações com um aperto monetário excessivo no país. Mary Daly, presidente do Fed de San Francisco, falou que é hora de começar a falar em reduzir o ritmo das altas nos custos dos empréstimos.
Além disso, ela defende que depois do ajuste de 0,75 ponto percentual em novembro comece a se pensar em um recuo dos juros no país. Mas avisou, “agora é hora de começar a falar sobre desacelerar. Agora é a hora de começar a planejar a desaceleração”.
Aparentemente, era o que os investidores queriam ouvir. O Dow Jones avançou 2,47%, a 31.083,02 pontos, o S&P 500 ganhou 2,38%, a 3.753,14 pontos e o Nasdaq subiu 2,31%, a 10.859,72 pontos.
Por fim, o dólar comercial fechou em queda de 1,33%, a R$ 5,1480. Na semana, a moeda norte-americana perdeu 3,28%.
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