Bancos liberam R$ 472,6 bilhões em crédito novo desde início da pandemia

bancos liberam R$ 472,6 bilhões em crédito novo desde início da pandemia

Além de crédito novo, dados da Febraban englobam empréstimos contratados no período de pandemia, renovações e postergações de dívidas

Desde o início da crise no mercado econômico, provocada pela pandemia do novo coronavírus, os bancos já liberaram em torno de R$ 472,6 bilhões em crédito novo, destinados a famílias e empresas em todo o Brasil. Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (11), e engloba também empréstimos contratados no período, renovações e postergações de dívidas realizadas entre os dias 16 de março e 30 de abril.

No meio de abril, os bancos e o governo já haviam expandido a linha de crédito a pequenos empresários, na intenção de conseguirem enfrentar a crise, decorrente da Covid-19.

R$ 472,6 bilhões em crédito novo

Do volume total informado, as novas contratações de crédito novo totalizaram R$ 326,786 bilhões. Fora isso, os bancos liberaram ainda R$ 105 bilhões em renovações realizadas no período, assinalado pelas medidas de isolamento social, que colocaram os cidadãos brasileiros dentro de duas casas com o intuito de tentar achatar a curva da disseminação do coronavírus em todo o país.

Em relação à prorrogação de dívidas em dia, o volume soma até o momento R$ 40,8 bilhões, levando em conta as parcelas repactuadas no período. Do total, dois terços dizem respeito à pessoa física e o restante a empresas. Sendo assim, os bancos renegociaram 7,4 milhões de contratos de crédito adimplentes durante a crise dos dias citados, cujo saldo devedor total é de R$ 425 bilhões, conforme explicação da Febraban em nota à imprensa:

“Esses valores trazem alívio financeiro imediato para empresas e pessoas físicas, que passaram a ter uma carência entre 60 a 180 dias para pagar suas prestações.”

Carência maior

Desde o começo da crise provocada pelo avanço da Covid-19 no Brasil e no mundo, os bancos passaram a oferecer carência de 60 dias para as dívidas já existentes, suportados por medidas do Banco Central.

Com isso, mais recentemente, diante da extensão e gravidade de caráter emergencial, essas instituições passaram a expandir esse prazo.

É o caso do Itaú Unibanco, que estendeu a carência de 60 dias para 120 dias para pessoa física, e 180 dias para pessoa jurídica. Já o seu maior rival, o Bradesco, também planeja anúncio em breve, com o objetivo de estender a carência de dívidas durante a crise do novo coronavírus.

Fonte: Forbes Brasil com informações do Estadão

*Foto: Reprodução / Thinkstock/ Joa_Souza